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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Tempos em tempos
16/06/2008
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Assim como o cometa Halley, que passa de 76 em 76 anos próximo ao planeta Terra, vemos que há coisas relacionadas ao futebol que sistematicamente voltam à tona. De tempos em tempos vemos coisas estranhas, algumas que já viraram lenda, lembrei de algumas.
De tempos em tempos ouvimos falar que:
- os coxas falam que terminarão o Belford Duarte. Ops, desculpa, mas diferentemente do Joaquim Américo que sempre foi Joaquim Américo e sempre será, apesar das alcunhas de Caldeirão do Diabo, Baixada ou Arena e até mesmo do nome fantasia dado por uma empresa que nos pagava por isso, o Antonio Couto Pereira teve sim outro nome. À parte, a conclusão do terceiro anel é um sonho antigo e como o papel aceita tudo, vários desenhos, rabiscos e rascunhos foram feitos. Estão quase entre os rebaixáveis no Brasileiro, então voltaram com o assunto, quando deveriam é discutir uma completa revitalização estrutural e não somente de aparência para o seu bom, central, porém antigo estádio com centenas de problemas de ferrugem, estrutura aparente e infiltrações visando não só o conforto dos seus, mas especialmente a segurança.
- o Corinthians vai agora fazer seu próprio estádio. Para quem já teve 3 parcerias de peso como o Banco Excel, HMTF e depois Kia e seus petrodólares, encher a galeria de troféus foi mais importante. Mesmo com o apoio do poder público que jurou dezenas de vezes que lhe arranja terreno para a construção, o time do Parque São Jorge segue pagando aluguel para o São Paulo, Portuguesa ou mesmo para a Prefeitura quando usa o Pacaembu.
- a imprensa é imparcial e que não podemos calá-la e quem assim o quer está pedindo a volta da censura. Uma coisa é ter sua opinião, pessoal, particular, própria e que deve ser respeitada. Outra é noticiar inverdades como feito semana passada no pré jogo que decidia o campeão da Copa do Brasil, só faltando acusar antecipadamente o Sport Recife por qualquer problema que viesse a ocorrer.
- que tal time é o Brasil na Libertadores. Uma ova! Eu quero muito que a LDU vença, de preferência no Maraca lotado fazendo o Fluminense sentir a mão divina que o julga, que o levará a lembrar que a grande vergonha no futebol brasileiro nos últimos anos é este time, símbolo das viradas de mesa e catapultado da terceira para a primeira divisão com uma canetada só.
- que esta é a Seleção Brasileira, que a Seleção é a cara do povo. Um time de mercenários, despreocupados com a nação, com a camisa, com a amarelinha de cinco estrelas no peito. Um time que é a cara sim da CBF com seus amistosos “caça Nikes” mundo afora e que está longe de representar o orgulho nacional.
- que comentarista esportivo tem que ser ex-jogador. Não necessariamente, vide em especial os comentários despreocupados com a verdade do ex-jogador Mueller, do Casagrande e outros menos cotados. Falcão é um dos que conseguem ao menos ser mais polidos e menos donos da verdade que os demais. Assim como não necessariamente um ex-craque se torna um grande treinador, vide Luxemburgo, Felipão e Abel, que como jogadores eram médios para ser bonzinho e são hoje excelentes treinadores.
- que vem coisa boa por aí! Para não ficar só falando dos outros, vamos enxergar a fragilidade do elenco atleticano, cujo único reforço de verdade já nos é conhecido e simplesmente voltou por já ter contrato com o clube. Logicamente fiquei feliz com a volta do colombiano Ferreira, mas um time que tem cerca de 90 minutos para ao menos empatar com a frágil Portuguesa num campo neutro, mostra o tamanho de sua aspiração no campeonato: ficar pelo meio da tabela, não correr riscos e pegar uma Sul Americana ano que vem de novo. Pouco, muito pouco para quem tanto investiu em patrimônio, em um Centro de Treinamento espetacular e que pouco gera e sequer faz nosso time ser um primor de preparo físico, para ao menos na força e no fôlego superar adversários iguais ao próprio Atlético.
Por vezes parece que o Atlético se adiantou tanto no tempo que se perdeu em seu próprio tempo.
ARREMATE
“O tempo passa e um dia a gente aprende/
Hoje eu sei realmente o que faz a minha mente/
Eu vi o tempo passar e pouca coisa mudar” SENHOR DO TEMPO, Charlie Brown Jr.
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