Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Namorados para sempre!

12/06/2008


1978. Um jogo de futebol. Coritiba e Atlético entrariam em campo para a disputa do título estadual. Meu primeiro dia de futebol e a certeza de que a pressão seria grande. Parte de minha família querendo me vestir um verde estranho, daquelas cores que não combinam com a gente, outra parte feliz por ter a certeza de que eu era mesmo o “piá da Baixada”. E eu ali, firme, decidido, realizado. Bastava ver o Atlético em campo e quem sabe, na casa deles, no campo deles, fazer a festa. Nos pênaltis, com quase 7 anos de idade, vi meu time perder o título, mas ganhar o meu reconhecimento, daquele instante para sempre!

Sequer derramei uma lágrima, afinal, não tinha ainda a noção exata do que o Atlético representava em minha vida. Uma tristeza, pequena e passageira, correu em meu coração e me fez entender que mesmo diante da derrota, nascia ali um namoro, daqueles que viraria paixão, viraria amor, e viveria eternamente!

Daquele dia em diante, foram dias e noites de muita entrega, muita alegria, muito sofrimento e uma enorme gratidão. Namorando o Atlético, eu não media esforços para enfrentar chuva, frio ou sol escaldante. Nada me importava, só o Atlético. Cresci assim, aprendi a ser assim. E o namoro virou paixão... e virou amor! Muitas vezes nem eu, nem o Atlético, estávamos em casa. Ora no Pinheirão, ora no Couto, ora na Vila, sofríamos e éramos humilhados por não termos uma casa própria e sermos obrigados a ficar perambulando, fazendo festa na casa dos outros.

Mas nós tínhamos coração, e isso era o que bastava para sustentar a nossa relação. Uma relação de namoro, que era também paixão, que era também amor. E nunca deixou de ser amor, de ser paixão, de ser namoro. O resto viria com o tempo, a única condição era que precisaríamos sempre estar unidos, em busca do mesmo ideal, sempre de mãos dadas, fosse na chuva, no sol, no frio ou no calor.

E nosso namoro, de tão harmonioso, fiel e verdadeiro, foi presenteado com casa nova, comodidade e tudo o que de mais recompensador é necessário para alimentar um grande amor. Passamos a ter estrela, sermos verdadeiramente respeitados, mas jamais nos foi tirada a imagem de sermos loucos, um pelo outro. Diante de dificuldades, tropeços, perdas e conquistas, nunca nada abalou a nossa relação, que foi construída sem promessas, apenas com a naturalidade de um grande amor, daqueles que nascem sem explicações, sem razões.

É por você que canto, Atlético! É por você que vibro, que sofro, que choro e que fico maluco de felicidade.... e agradeço a Deus, todos os dias, por fazer parte da tua vida. Porque nós dois, distantes, um do outro... não sabemos mais viver!

Feliz dia dos namorados!

Escrevo esta coluna em homenagem a todos os namorados, loucos e alucinados, cada qual por sua paixão. Em especial, dedico a minha coluna, os meus dias e minha vida ao meu grande amor, minha amiga, minha companheira, minha atleticana, minha namorada.... minha noiva.

Fabi, obrigado por me fazer tão feliz! Eu te amo! Feliz dia dos namorados...

...é tão difícil ficar sem você...
o teu amor é gostoso demais...
teu cheiro me dá prazer...
eu quando estou com você...
estou nos braços da paz!


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