Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Números

09/06/2008


Sou do tempo em que do camisa 1 que sempre foi o goleiro até o 11, ponta esquerda, todo mundo sabia exatamente quem era quem num time, cada camisa representava determinada posição dentro de campo. O camisa 10 era “o cara” do time, assim como 7 era o ponta que ia até a linha de fundo e todo mundo sabia que o 3 era o beque central.

Mudanças, modernismo e invencionices mudaram isso. Teve time em que o 4 passou a ser lateral direita e o camisa 5 virou líbero de muitos times. O 7 recuou e virou volante e o 11 geralmente é um meia que ajuda o ataque. Times colocam numeração fixa em seus principais jogadores para vender camisas e torneios exigem numeração específica para inscrição de atletas.

Os números colocaram Roberto Fernandes como destaque. Ele fez o Náutico ter o segundo melhor ataque do Brasileiro ano passado com 66 gols e sair do mais que provável rebaixamento para uma honrosa posição em 2007. Roberto demonstrou toda a coragem que sempre faltou ao atual treinador do Goiás e não modificou o time do já tradicional 3-5-2, que é a cara do Atlético há anos para um 4-4-2. Foi do bom e velho 4-3-3, como há muito não se via por aí.

Em casa a melhor solução é o ataque, o Furacão tem uma vocação ofensiva por natureza e não perceber ou se render a isso foi o pecado que custou o emprego de seu antecessor. Um time que joga para cima, ganha a torcida, provavelmente faz um gol ainda na 1ª metade do tempo inicial e facilita muito a vida nos jogos dentro de casa. Evaristo de Macedo, um craque dentro de campo e um homem humilde, simples e inteligente como técnico sempre dizia isso, que com vontade, superação e jogando no ataque, o time cresce e se torna imbatível em casa.

E assim, com os números mágicos de Roberto Fernandes, vimos nosso camisa 5 marcar 2, ajudando na goleada de 5 e que nos colocou na posição de número 5! Além dele, o jovem Pedro Oldoni com a camisa 18, do alto de seus 1,90m jogou pouco mais de 10 minutos e guardou o seu gol. Antes disso, mesmo com o bom futebol do ala esquerda do time goiano, nosso camisa 2 mais uma vez lutou incansavelmente e correu por 10 em campo, ajudando no cruzamento para o 2º do camisa 5 Alan Bahia na jogada de escanteio curto que nunca dava certo.

Tem dia que a coisa funciona e espero que o domingo dia 08/06 tenha sido o primeiro de vários domingos felizes e o reencontro do caminho das vitórias.


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