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Silvio Toaldo Júnior
Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.
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A relação do Atlético com a sua apaixonada torcida pode ser comparada a um casal de namorados que no auge do amor resolvem juntar os trapos e oficializar o seu casamento. Como em todo e qualquer relacionamento, os primeiros meses, e até os primeiros anos do casamento, são maravilhosos, os dois vão se descobrindo e um faz de tudo para agradar ao outro. Em muitos casos, juras de amor eterno são vistas e ouvidas por todos os vizinhos, parentes e amigos, assim como o amor e a paixão exalados pelos torcedores atleticanos a cada jogo dentro do Joaquim Américo são impressionantes.
Após certo tempo juntos, alguns problemas começam a aparecer e é inevitável que as brigas e discussões apareçam, todo casal que se preze passa por essa fase. Muitas vezes a melhor solução é nos fecharmos, ficarmos queitinhos em nosso canto e deixar a outra parte falar. Discutir é o pior caminho. Acredito que o que deva ser feito, sempre, é um diálogo franco e aberto para cada um expor a sua situação e as suas dificuldades, apesar de que isso é um fato raro nos atuais dias.
Atualmente a relação Torcida x Atlético está com ares de desconfiança. Digo que a relação está com ares de desconfiança porque, se comparada a um casamento, parece que o Atlético está flertando com outra pessoa. Resumindo a brincadeira, o Atlético “parece” trair a sua fiel e escudeira torcida. O que vemos dentro de campo é uma verdadeira sacanagem com o torcedor. O Atlético preocupa-se apenas com os negócios, quando a torcida quer um time dentro de campo que honre as tradições e as cores do Furacão. Quando o time parece engrenar, uma das peças é substituída por outra de menor qualidade, tendo que começar tudo do zero.
Para não deixar a chama se apagar, tanto o homem quanto a mulher devem sempre inovar, criar e dar vida ao seu casamento, sem isto, por melhor que viva um casal, a coisa não anda. Até que um dia um pequeno motivo acaba se juntando a fatos anteriores e tudo acaba explodindo, gerando uma separação. Isso é praticamente inevitável, mesmo que um dos dois tente segurar a corda, depois que ela arrebenta o precipício vem abaixo.
O Atlético pediu fidelidade e a torcida compareceu. A torcida se associou, a torcida consumiu a sua paixão, o torcedor atleticano provou por A + B que pode e quer ajudar a manter essa chama acesa, a manter vivo esse eterno casamento. Alguns fracos desistem no meio do caminho, outros muitos (como eu) resolveram se associar e garantir seu lugar no templo sagrado pelos próximos doze meses, outros tantos estão à espera de um milagre para partirem para a associação. Logo logo estaremos com carga máxima de associados e será lindo ver a Baixada totalmente lotada para ver os jogos do Brasileiro.
Esta é a relação de amor que move os atleticanos, com inúmeros problemas e descasos, a torcida jamais abandona o time. A torcida tem o direito de reclamar e fazer como fez no jogo contra o Galo, incentivou os noventa minutos e vaiou no final da partida, já que o time não corresponde dentro de campo há um bom tempo. Dessa maneira os atleticanos mantém acesa a chama da sua paixão. Falta apenas a diretoria colocar um verdadeiro time em campo para a paz voltar a reinar para os lados da Arena da Baixada.
E para finalizar, não tem como comparar um casamento com o que a torcida do Atlético sente e vive pelo clube. Como diria um amigo meu: Amores vem e vão, mas o meu amor pelo Atlético jamais passará. Sendo assim, não seria nada mau chegarmos aos vinte mil associados e a diretoria acordar e colocar um time de futebol para jogar ainda em 2008.
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