Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Ídolos

22/05/2008


Eles movem multidões. Eles são a razão de viver de muitos adolescentes e jovens. De grupos musicais a jogadores de futebol, os ídolos povoam o dia-a-dia de muitas gerações. Cada um no seu melhor estilo, cada qual do seu jeito e forma levam a alegria a todos os cantos do planeta.

O povo brasileiro se recente de ídolos. Num passado não muito distante tivemos ídolos como Pelé, Gérson, Rivelino e Jairzinho, logo após apareceram o eterno Airton Senna e por último Gustavo Kürten fez o povo brasileiro vibrar e sentir o doce gosto da vitória. Muitos outros ídolos tupiniquins nasceram, fizeram muito sucesso e até hoje estão na mente de todos os brasileiros.

Na música várias gerações embalaram as décadas de 60, 70 e 80. Desde os Beatles, passando por Pink Floyd, Rollings Stones e Ramones. Aqui no Brasil surgiram a Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, por último apareceram Ivete Sangalo, Skank e J. Quest. Para a criançada, quase na sua adolescência, surgiram por entre os anos os portenhos do Menudos e agora o RBD toma conta das agendas, cadernos, ipods das meninas e meninos da América Latina.

Toda a minha adolescência e juventude eu vivi no Pinheirão, vi o Atlético jogar contra Platinense, Batel de Guarapuava e Matsubara e vi alguns bons jogadores tentarem virar ídolo da torcida do Furacão. Em 1988, fui com meu pai na Vila Olímpica do Boqueirão ver o Atlético empatar com o Pinheiros na final, com um gol do ponta esquerda Vilson. Na segunda partida estive no Pinheirão e vi Carlinhos Sabiá perder um pênalti e adiar a decisão para a última partida. No outro domingo voltei ao Pinheirão, vi e vibrei com a conquista sobre o Pinheiros. Para mim, um garoto de 13 anos, na época nascia um verdadeiro ídolo, Carlinhos Sabiá, que para muitos era um pipoqueiro, mas para mim era um gênio.

De lá pra cá, vi e vivi Paulo Rink e Oséas levarem o Atlético ao título da segunda divisão, vi e sobrevivi ao ver Kléber (o incendiário) e Alex Mineiro levarem o Atlético ao título máximo da temporada de 2001. Em 2004, vi um camisa 9 como há muito tempo não se via. Washington renasceu. Washington vestiu a camisa atleticana com amor, tornou-se o maior artilheiro dos campeonatos brasileiros, com 34 gols sendo assistido por Denis Marques, Jadson e Fernandinho.

Ontem tive um grande prazer ao ver, quem sabe o último e verdadeiro ídolo que a torcida atleticana reverenciou, Washington desclassificando os bambis da Taça Libertadores da América. Não, eu não sou nenhum pouco fã do Fluminense, mas o Coração Valente merece e muito o meu respeito e admiração.

Depois de Washington, o único jogador que fez a torcida atleticana se curvar diante da sua genialidade foi o colombiano David Arturo Ferreira, que deve voltar ao time em meados de junho para reforçar o nosso time no Brasileirão 2008.

Em tempos de vaca magra, qualquer jogador pode candidatar-se à vaga de ídolo da fanática torcida atleticana. O problema é aparecer alguém com carisma, qualidade e vontade para preencher o vazio deixado por Sicupira, Marolla, Carlinhos Sabiá, Paulo Rink, Oséas, Kléber Pereira, Alex Mineiro, Washington e Ferreira.

Parabéns, Xitão, ontem foi a vez da torcida do Fluminense vibrar, esperamos ansiosos a sua volta para que a torcida atleticana volte a vibrar como em 2004.


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