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Silvio Toaldo Júnior
Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.
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Hasta la vista, Ney!
20/05/2008
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Os resultados negativos derrubaram o técnico Ney Franco do Atlético na noite de ontem. Até aqui nenhuma novidade, afinal de contas a corda sempre arrebenta no lado mais fraco. Quando aqui chegou para treinar o Atlético em julho/agosto de 2007, eu particularmente, não via em Ney Franco a solução para os problemas do Atlético. O time estava em crise e flertando com a série B do Campeonato Brasileiro.
Não culpo integralmente o mineiro Ney Franco pelos dois fracassos do time neste primeiro semestre. Quem sabe o maior erro dele foi não ter achado no elenco um meia direita que conduzisse o time como o ex-capitão Claiton fez. Jogar com Alan Bahia ou Valencia de armador é matar qualquer chance de gols pelo ataque atleticano, que ultimamente está mais para ataque de risos do que um ataque de time de futebol. Colocar Léo Medeiros como lateral-esquerda é piada de mau gosto, sacrificar Netinho na lateral também o é, porém com Michel e Piauí no elenco ficou realmente complicada a vida de Ney.
Ney Franco chegou, viu, se encantou com a estrutura do Clube Atlético Paranaense, trabalhou, não ganhou nada e foi-se embora. Seria cômico se não fosse trágico. Quem será o novo treinador do Atlético? Quem assumirá o comando de um time quebrado, fraco e sem reposição? Ney Franco devia ter calafrios quando olhava para os suplentes e tinha que chamar Michel, Piauí, Irênio, Willian e por último o “titularíssimo” Pedro Oldoni.
Não consigo acreditar que toda a estrutura que o Atlético põe a disposição da comissão técnica e jogadores não seja capaz de criar um garoto bom de bola para jogar na lateral-esquerda, ou ainda se o Rubro-negro anda sem olheiros no interior do Brasil. O lateral-esquerda Guaru que fez a festa com o Toledo dentro da Baixada (o Toledo perdeu aqui, mas o menino “acabou” com o jogo) e lá no Oeste do Estado desembarcou no Alto da Glória. Atlético não gostou do estilo do jogador ou não teve cunho financeiro para cobrir a proposta do Coritiba?
Eis a questão: Quem será o novo manager do Atlético? Se não arrumarem um bom elenco e peças de reposição podem desembarcar em Curitiba, Luis Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo ou Emerson Leão que o time ficará sempre entre os dez. Mas entre os dez últimos da tabela, brigando para não cair para a segunda divisão ou conseguindo na última rodada uma vaga minguada para a Copa Sul-americana.
A mudança ocorreu, mas em minha opinião essa era a menos importante no momento, apesar de que sem resultados ninguém permanece tanto tempo no mesmo emprego, espero que as mudanças não parem por aqui e que junto com o novo treinador, cheguem bons valores para dar uma baixada na poeira e para que ele (o novo treinador) não seja substituído rapidamente, por falta de resultados, como foi Ney Franco.
Ney Franco pagou pelos seus pecados com a sua degola, espero que ele tenha aprendido a lição que para treinar o furacão o sujeito tem que ter pulso firme e jogar para frente, pois a única boa lembrança que teremos dele será a montagem da nossa defesa que figura como as melhores do Brasil. Além disso, o Rubro-negro precisa voltar a fazer gols e fazer a Baixada explodir como antigamente, chega de retrancas dentro de casa, a torcida quer ver gols e festejar.
Ney Franco se vai. Agradeço pelos bons momentos que tivemos dentro da Baixada e desejo-lhe sucesso e um pouco mais de ousadia. Vá com Deus, Ney! Que Ele te proteja sempre, você merece, é um sujeito correto e trabalhador, apenas não deu sorte diante do Furacão das Américas.
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