Rafael Lemos

Rafael Fonseca Lemos, 49 anos, é atleticano. Quando bebê, a primeira palavra que pronunciou foi Atlético, para desapontamento de sua mãe, que, talvez por isso, tenha virado coxa-branca. Advogado e amante da Língua Portuguesa, fez do Atlético sua lei e do atleticanismo sua cartilha. Foi colunista da Furacao.com de 2007 a 2009.

 

 

Feliz Dia das Mães!

11/05/2008


A História registra que as mais antigas celebrações do Dia das Mães remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses.

Em Roma, as festas comemorativas do Dia das Mães eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava o Dia das Mães no 4º Domingo da Quaresma (40 dias antes da Páscoa) um dia chamado “Domingo da Mãe”, que pretendia homenagear todas as mães inglesas. Neste período, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da Mãe, os servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.

À medida em que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou-se a homenagear a “Igreja Mãe” – a força espiritual que dava vida aos fiéis e os protegia do mal.

Ao longo dos tempos, a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães como a Igreja.

Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida pela primeira vez em 1872 por Julia Ward Howe e algumas apoiantes, que se uniram contra a crueldade da guerra e lutavam, principalmente, por um dia dedicado à paz.

Registra-se, também, a versão de que a idéia da criação de um Dia da Mãe teria partido de Anna Jarvis que, em 1904, por ocasião da morte de sua mãe, chamou a atenção na igreja de Grafton para a necessidade de ser criado um dia especialmente dedicado a todas as mães.

Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia das Mães, na igreja de Grafton. Nessa data, a sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos a serem usados por todos e que simbolizavam as virtudes da maternidade.

Ao longo dos anos seguintes, Anna enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton – encarnados, para as mães ainda vivas; brancos, para as mães já falecidas – e que são hoje considerados mundialmente como símbolos de pureza, força e resistência das mães.

Segundo Anna Jarvis, seria objetivo deste dia tomarmos novas medidas para um pensamento mais ativo sobre as nossas mães. Por meio de palavras, presentes, atos de afeto e de todas as maneiras possíveis deveríamos proporcionar às mães alegrias e felicidades, mantendo sempre na lembrança o Dia das Mães.

Face à aceitação geral, a sra. Jarvis e os seus apoiantes começaram a escrever a pessoas influentes, como ministros, homens de negócios e políticos com o intuito de estabelecer um Dia das Mães em nível nacional, o que daria às mães o justo reconhecimento de suporte da família e da nação.

A campanha foi de tal forma bem sucedida que, em 1911, a data era celebrada em praticamente todos os estados. Em 1914, o Presidente Woodrow Wilson declarou oficialmente, e em nível nacional, o 2º Domingo de Maio como o Dia das Mães.

Hoje, muitos de nós celebram o Dia das Mães com pouco conhecimento de como tudo começou. No entanto, podemos identificar-nos com o respeito, o amor e a honra demonstrados por Anna Jarvis há mais de 100 anos.

Apesar de já ter passado mais de um século, o amor às mães, que foi oficialmente reconhecido em 1907, é o mesmo amor que é celebrado hoje e, à nossa maneira, podemos fazer deste um dia muito especial.

E é o que fazem praticamente todos os países, apesar de cada um escolher diferentes datas ao longo do ano para homenagear aquela mulher especial que nos deu a vida.

Em Portugal, há alguns anos, o dia das mães era comemorado a 8 de Dezembro, mas atualmente o Dia das Mães acontece no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Jesus Cristo.

No Brasil, a introdução desta data se deu no Rio Grande do Sul, em 12 de maio de 1918, por iniciativa de Eula K. Long. Em São Paulo, a primeira comemoração se deu em 1921.

Entretanto, a oficialização do Dia das Mães, no Brasil, deu-se por decreto no Governo Provisório de Getúlio Vargas que, em 5 de maio de 1932, assinou o Decreto nº 21.366/32.

Em 1947, a data foi incluída no calendário oficial da Igreja Católica por determinação do Cardeal Arcebispo do Rio, Dom Jaime de Barros Câmara.

Pois bem, essa é a História a nos informar as origens do Dia das Mães. Porém, mais importante do que a História, são as histórias que cada um de nós tem pra contar a respeito desses Anjos, dessas Santas, dessas criaturas perfeitas que nos dão a vida e, ainda mais, dão-nos as melhores instruções para usarmos a vida em plenitude, com sabedoria e com muito amor.

Eu costumo brincar com a minha mãe dizendo que o meu amor por ela é do tamanho do meu amor pelo Atlético.

Quando eu falo isso, ela fica muito feliz, pois ela sabe que o amor que eu sinto pelo Atlético é algo muito, muito grande.

Mas, no fundo, ela sempre ouve a minha declaração com um olharzinho triste, como se quisesse que eu lhe confessasse amor maior do que o reservado ao Atlético, minha paixão desde os seis anos, desde o timaço de 1982.

Pois bem, Dona Cleonice, minha querida e santa mãezinha, eis aqui a grande confissão, em forma de coluna-presente: EU TE AMO MAIS DO QUE AMO O ATLÉTICO PARANAENSE, ATÉ PORQUE SE NÃO FOSSE POR VOCÊ EU NÃO TERIA VINDO AO MUNDO, TAMPOUCO TERIA CAÍDO DE AMORES PELO MEU FURACÃO DA BAIXADA, UMA DAS MINHAS PAIXÕES, DESDE 1982!!!

Mãezinha, você é linda, é perfeita, é uma santa - e só não é melhor porque é coxa-branca (argh)!!! Mas mesmo sendo coxa-branca (credo!) eu te amo muito e cada vez mais!!!

Beijão pra você, querida mãezinha! Que Deus te abençoe hoje e sempre! Que Deus te conserve assim: pequenininha pra caber nos meus braços e grande o bastante pra que eu sempre more no seu coração!!!

Rafael

P.S.: ¹A todas as mães que estão no Mundo e a todas as mães (e vovós) que estão no Céu, os meus melhores votos de FELIZ DIA DAS MÃES!

P.S.: ²A Edith Aragão, mãe linda e dedicada, deixo aqui meu beijo e minha admiração. Bem, você é demais!!!


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