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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma famÃlia inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Correndo atrás
28/04/2008
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Correr atrás. Ultimamente, é disso que vive o Atlético. Em 2006, perdemos o estadual e a Copa do Brasil, e, no Brasileiro, corremos atrás da permanência na Primeira Divisão. Em 2007, a corrida começou na Copa do Brasil. Apanhamos do Vitória e tivemos que correr atrás para evitar a eliminação, vencendo por 3x0 na Baixada. Depois, veio o Atlético-GO e perdemos novamente. Mais uma corrida: conseguimos vencer por 2x0, a duras penas, e escapamos da humilhação que seria a eliminação.
No Brasileirão daquele ano, mais uma corrida. Esta, por sua vez, desesperadora. Fugimos como loucos do rebaixamento, e só escapamos graças à mobilização da torcida (juntamente à liderança de Claiton), que foi a responsável por uma série de vitórias em casa. Respiramos aliviados.
Em 2008, depois de um começo arrasador no Paranaense, quebra de recordes históricos e tudo mais, desmontamos nosso time e começamos a apanhar. Veio a eliminação na Copa do Brasil para o Corinthians-AL, talvez a maior humilhação já imposta ao torcedor atleticano dentro de sua casa. Chegamos à final para ver os coxas nos darem um baile no primeiro jogo, vencendo por 2x0, num placar que ainda nos ficou barato. Sobrou o que, pra variar? Correr atrás.
Sim, sou atleticano e não desisto nunca. Sim, vou à Baixada no próximo domingo apoiar meu time. Sim, acredito que com a força de nossa torcida, podemos reverter o resultado, apesar de termos um time inferior. Mas estou cansado desta situação, como estão cansados a maioria dos torcedores atleticanos. O fato de acreditarmos no tÃtulo, o fato de o site fazer campanha pedindo apoio, de muitos torcedores estarem mobilizando os demais, só mostra a grandiosidade da nossa torcida, e comprova que ela sim é a grande resonsável pela ascensão do Clube na última década.
Estou menos preocupado com o tÃtulo estadual e mais preocupado com o futuro. E se vencermos essa corrida, ganhando o estadual, o que virá depois? Mais um ano correndo para fugir do rebaixamento? Mais um campeonato aturando jogadores como Michel e Nei?
Motivação
Assim que saà do Tremendão, liguei a rádio e ouvi a entrevista de um jogador coxa enaltecendo a atitude da diretoria deles, que exibiu um vÃdeo motivacional no vestiário, determinante para o espÃrito de vitória da equipe. Imagino o que nossa diretoria faria para motivar este grupo. Talvez um vÃdeo com imagens da Coréia, da Arábia, do Qatar e de seus clubes, mostrando como é bom jogar fora do Brasil?
Superávit
Como disse meu amigo Henrique Domenico, perder este estadual não seria uma desgraça. Ainda podemos ver boas negociações de jogadores como Netinho e Antonio Carlos, por exemplo. Lucro à vista! Afinal, não é este o objetivo do Clube?
Dizem que ela existe pra ajudar...
Simplesmente ridÃcula a postura da polÃcia no clássico de ontem. Tudo começou quando um torcedor dos verdes empunhou, orgulhosa e impunemente, um extintor de incêndio e o acionou em direção à torcida atleticana. Ficou lá, faceiro, enquanto os policiais pensavam na vida. Não demorou para começar uma guerra de objetos de ambos os lados, que envolveu latas e copos de cerveja, gelo, e tudo mais que pudesse vencer a resistência do ar. Condenável, é claro, qualquer atitude deste tipo, e principalmente a atitude dos torcedores que arrancaram pedaços de metais. Mas e a polÃcia? Não estava preparada para encarar atitudes deste tipo e coibÃ-las? Foram ao estádio para quê, então? Isto é um Atletiba, muito prazer.
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