Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Vencedores e vencidos

23/04/2008


O lugar comum diz que a história é escrita pelos vencedores. Foi assim com os aliados na 2ª Guerra Mundial, com os que protagonizaram a revolução Russa de 1917 e com os vencedores de grandes batalhas ao longo da história da humanidade. Aos derrotados cabe o ostracismo e a incessante busca por justificativas.

Faz duas semanas que escrevi que viveríamos um período de grandes turbulências por conta dessa questão das rádios. Liminares, ações na justiça, boicotes, calorosos editoriais, comentaristas rancorosos e notas oficiais patéticas marcaram essas duas semanas. Estamos vivendo, no meu entendimento, uma batalha desnecessária às vésperas de uma final com nosso grande rival e que só pode nos prejudicar.

Se vencermos, teremos superado todas as adversidades e reconheceremos que nosso time, mesmo com suas limitações superou todos os obstáculos e se tornou vencedor, contra tudo e contra todos. Escreveremos notas épicas e o time passará à história como o que superou a marca do Furacão e venceu o Coritiba. Estaremos em comunhão com as estrelas, às portas do paraíso. Fomos vencedores!

Se, ao contrário disso, formos derrotados, arderemos no fogo do inferno. Tudo o que a diretoria faz é nos colocar contra tudo e contra todos, criando crises ao invés de navegar no mar da tranqüilidade. Seremos derrotados “por nós mesmos” dirão alguns, ao contrário de outros que vão responsabilizar Mário Celso Petraglia, que “pouco se importa com os torcedores” e por aí afora.

Brigaremos pela imediata reformulação do elenco, profetizaremos nossa queda no Brasileiro e estaremos às portas do apocalipse. Nada nos consolará e poderá ser dito que amenize a dor em nossas almas. Fomos derrotados!

Para finalizar, na batalha com as rádios, ainda não há vencedores e nem vencidos. Mas há o desgaste da batalha, da mobilização dos generais, da disputa pela mente dos formadores de opinião e da consolidação dos interesses econômicos das partes envolvidas. Nessa batalha todos os argumentos são válidos e cada um quer mostrar os erros do outro, pois afinal é uma guerra.

Protejamos o nosso exército que entre em campo na primeira partida no Couto Pereira. Façamos deles guerreiros na luta pela felicidade da vitória. É isso que move nossos corações e alimenta nossos espíritos e para nós torcedores, é a única guerra que de fato queremos ganhar.


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