Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Reflexões

15/04/2008


Hoje, teria muitos assuntos importantes para tratar. Assunto não falta.

Poderia falar sobre a questão das rádios, que será muito discutida e difundida e deverá trazer a tona uma nova realidade no futebol brasileiro. E que, antes que me perguntem, sou a favor da decisão da diretoria atleticana. Longe de mim julgar os valores cobrados, pois não tenho conhecimento de causa, mas o fato é que em breve isso deverá ser um ponto tão importante quanto o direito de transmissão na TV aberta.

Poderia ainda falar sobre a criação associação dos clubes de futebol paranaense. Instituição esta, que deverá cuidar não só do gerenciamento do futebol profissional no estado, mas também da profissionalização, crescimento e fortalecimento. Nada mais justo que profissionalizar o amadorismo que impera sobre a cabeça de muitos dirigentes no estado, até mesmo na capital.

Mas não, hoje vou abordar um assunto em qual estive envolvido no último domingo. Aliás, não apenas um assunto mas dois, que inclusive, considero tão importantes quanto os já citados anteriormente.

Primeiro vou falar sobre os torcedores que insistem em ir de cores diferentes das cores rubro-negras. Há quem vá de azul, amarelo, rosa, roxo e pasmem, de verde e branco.

Fico imaginando esses caras. Será que antes de ir ao jogo o cara escolhe, aleatoriamente, uma camisa qualquer? Será que ele não se liga que ele está indo a uma partida de futebol do Clube Atlético Paranaense, cujas cores tradicionalíssimas e predominantes são o vermelho e preto? Ou será que o cara, quando acorda de manhã pensa, hoje to afim de arrumar confusão, então vou de verde pro jogo. Afinal, ninguém manda em mim e eu faço o que eu quiser.

Sinceramente não sei o que se passa na cabeça desses indivíduos (se é que são indivíduos mesmo). Pra mim, ir de verde, amarelo, azul, ou cor de gelo, deveria ser proibido na Baixada. Se o cara sai de manhã, e pensa em ir pro jogo direto do trabalho, por que não leva uma camiseta preta ou vermelha, ou rubro-negra, junto consigo? Se existe a possibilidade de ir ao jogo, por que não a considera?

É algo tão simples, mas que me deixa tão puto.

Se você que esta lendo esse mero texto, tem esse costume horrendo, por favor reflita...

“Eu to pagando ingresso, então xingo quem eu quiser...” Essa foi uma pérola que fui obrigado a ouvir no ultimo domingo. Aliás, de um cara que estava de camiseta cinza com azul.

Time vencendo, mesmo jogando mal. A Fanáticos fazendo sua parte, apoiando o time, da sua maneira, e uma enorme quantidade de corneteiros vaiando. Vaiando antes mesmo do jogo acabar. Vaiando um jogador que sequer teve oportunidades ainda em campo e que tem um futuro promissor no Furacão. Vaiando quem não vaiava, vaiando o tiozinho do sorvete...

Eu, intolerante que sou, tentei apaziguar um caro torcedor que insistia em vaiar e xingar a torto e direito. No auge de toda sua ignorância, esse torcedor resolveu xingar a mim e meus amigos, pois sentiu-se no direito, já que estava pagando ingresso. Imbecilidade, assim eu resumiria esse pensamento.

Na boa, se quer xingar, vaiar, o faça na rua, fora do estádio, no bar, discutindo com seus amigos ou inimigos. Mas não na casa atleticana. Não em nosso estádio.

Não seja imbecil em acreditar que sua vaia contribuirá para ajudar a melhorar o time. Acredite, você não mudará o mundo com xingamentos. Pelo contrário, você poderá encontrar pela frente um intolerantes com intolerantes igual a mim e aí, bom... Ai já não sei.

Pense caro torcedor, reflita sobre suas atitudes e seja uma pessoa melhor, ou em breve, muito em breve, você terá colaborado para que nossa torcida torne-se a mais corneteira dos últimos tempos.


Abre aspas

Um dia você acorda e percebe que sua vida de nada adianta se você não o fizer por merecê-la...

Fecha aspas



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