Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Consolidando uma amizade

10/04/2008


Em julho de 2004, por causa do Atlético, conheci uma pessoa que me mostrou que eu poderia e deveria fazer algo a mais pelo Furacão. O simples fato de eu ir aos jogos e torcer era pouco para quem se dizia tão rubro-negro, como eu.

Foi uma conversa bem informal, apesar de ainda não nos conhecermos, esse cara me apresentou um projeto novo em termos de Brasil, um projeto inovador que um ano depois seria um sucesso entre os torcedores atleticanos.

Voltei para casa com uma certeza, eu queria e iria abraçar o projeto dele como se fosse meu. A nossa missão era montar e organizar uma equipe que comprasse a idéia como eu tinha comprado. Os primeiros contatos foram meio complicados, a desconfiança da nova equipe era normal, afinal de contas, era uma coisa totalmente nova em termos de Brasil.

Demoramos quase um ano para colocarmos em prática o nosso projeto. Depois de algumas reuniões internas conseguimos marcar uma reunião com o Atlético para apresentarmos o projeto. Em minha opinião, o projeto entregue foi feito da maneira mais profissional possível.

Fomos recebidos de braços abertos, porém com (também) desconfiança pela gerente de Marketing do Atlético, Tatiana Girardi. A desconfiança inicial já era esperada por nós, não tínhamos como tirar esse sentimento das pessoas. Trabalhamos sério, conquistamos o nosso espaço e conseguimos um grande respeito do nosso maior colaborador, a torcida do Clube Atlético Paranaense.

O projeto foi aceito pelo Atlético, mas com uma condição. O projeto deveria ser lançado no próximo jogo na Arena da Baixada, que seria exatamente contra os bambis do Morumbi. Na época seria a primeira partida, após as finais da Taça Libertadores de 2005, quando os bambis fugiram da Baixada com o diabo foge da cruz. Apesar das dificuldades, nós conseguimos, a torcida ficou encantada e nós com o sentimento de dever cumprido. Não falo apenas de mim e do meu amigo, mas de toda a equipe, quando vimos o primeiro vídeo, ainda dentro do estádio, tivemos certeza do sucesso da nossa idéia.

A idéia se expandiu, hoje somos cobrados cada vez que o Rubro-negro começa a fazer uma boa campanha. Mas também somos cobrados em casa, nossas esposas e namoradas, além dos familiares nos acham loucos, por fazer algo sem retorno financeiro, mas a paixão pelo Furacão fala sempre mais alto. Tirando esse aspecto das cobranças as nossas decisões nunca podem ser impulsivas ou apenas com a emoção, precisamos ser racionais e muitas vezes não somos compreendidos. Mas precisamos ser e trabalhar assim, do contrário, a maionese desanda. O que mais no anima a continuar com esse projeto é a nossa equipe, temos pessoas realmente que vestiram a camisa e que se doam para o bem da nossa causa.

Apesar de toda essa correria e responsabilidade, a nossa amizade foi se consolidando e acabávamos, sempre que possível, assistindo os jogos do Furacão juntos para discutirmos as ações do nosso projeto. Junto com a nossa amizade, conseguimos a amizade dos demais membros da nossa equipe, que hoje temos o orgulho de dizer que somos uma família.

Acho que nessa altura da leitura, você, meu caro leitor, já deve saber qual é o nosso projeto e quem é essa pessoa, se ainda não descobriu vou revelar agora: o nosso projeto é o Mosaico Furacão e a pessoa de quem falo, é o presidente da Comissão de Mosaicos, meu amigo, Thiago Henk.

Não sabíamos que aquele encontro em julho de 2004 poderia se transformar numa grande amizade. Trabalhamos juntos para isso, conseguimos juntos e com o apoio de nossos amigos conquistamos nosso espaço e na noite desta quarta-feira, 09 de abril de 2008, resolvemos nos tornar vizinhos. Não nos mudamos de mala e cuia um para perto da casa do outro, simplesmente nos associamos ao Clube Atlético dos Paranaenses e a partir de ontem somos vizinhos de cadeira na nossa segunda casa, a Arena da Baixada.

Promessa é dívida, mesmo não precisando, pois ainda sou estudante e poderia fazer uso da minha carteirinha, não tive dúvidas, apostei no meu time do coração e me associei. E quem quiser bater um papo com esse que vos escreve é só subir até a curva da Buenos Aires, estarei lá com meu pai, meu amigo Thiago Henk e seu pai, na cadeira H52.

Tem lugar para muito mais torcedores na Arena da Baixada, segundo informações que obtive no Espaço Furacão o número de sócios está chegando aos 10 mil associados, falta você torcedor atleticano, faça um esforço e venha ajudar o Furacão. Só assim teremos e poderemos cobrar um time forte e competitivo dentro de campo.


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