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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Mesmo filme, novos personagens?
09/04/2008
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Ano: 2006
Quartas-de-final do Campeonato Paranaense
Atlético x ADAP
Personagem: Roberto Braatz
Neste jogo o Atlético foi mal, Tiago Cardoso foi péssimo, mas a arbitragem, especialmente o auxiliar Roberto Braatz, prejudicou o rubro-negro. No primeiro tempo o referido árbitro anulou nada mais, nada menos do que três gols de Rodrigão, inclusive um que desviou no zagueiro da ADAP antes de entrar.
O Atlético vinha de uma excelente campanha inicial, invicto nos jogos que foi comandado por Lothar Matthäus. A desestabilidade começou com a inesperada saída do treinador, depois de levar um puxão de orelha da esposa. No entanto, a classificação para a semifinal viria naturalmente não fossem os gols anulados que tiraram o foco do já desestabilizado time atleticano.
Ano: 2007
Semifinal do Campeonato Paranaense
Atlético x Paraná Clube
Personagem: Heber Roberto Lopes
Derrotado pelo Paraná Clube pela primeira vez na Arena da Baixada, o treinador atleticano Vadão desabafou: “O que teve influência foi a arbitragem, no primeiro tempo, tivemos dois lances onde fomos agredidos sem bola, o bandeira não viu, o árbitro não viu, ninguém viu. Ele não deu pênalti no Marcão e amarelou o Marcão. Minou o tempo todo. Eu coloquei ele como melhor árbitro, mas esteve totalmente fora e teve influência sim. No campeonato, vim com calma, com tranqüilidade e foi visível que a arbitragem influenciou”.
A expulsão de Netinho e o pênalti não assinalado em Marcão foram determinantes para a derrota e conseqüente eliminação atleticana. Novamente, como em 2006, não foram somente os erros da arbitragem que tiraram o Atlético do estadual, pois o time foi mal, Rogério Correa foi péssimo, mas assim como no ano anterior, os equívocos do árbitro minaram o rubro-negro.
Ano: 2008
Semifinal do Campeonato Paranaense
Atlético x Toledo
Personagem: ?
O Atlético enfrenta o Toledo pela semifinal do Campeonato Paranaense na expectativa de voltar a decidir o estadual após dois anos de ausência. A melhor campanha é rubro-negra, disparada, mas isso nada representa além da vantagem de jogar por resultados iguais na soma de pontos e saldo dos dois jogos.
Ninguém na terra das araucárias, exceto os atleticanos, gosta ou simpatiza com o Atlético. O Toledo, por razões óbvias, quer eliminar o Furacão. O Coritiba sonha com uma final contra seu primo do oeste ao mesmo tempo em que tem pesadelos com uma eventual final Atletiba. Já o Paraná Clube deseja não sair mais do chiqueiro, enfrentando a vara na semi e na final. Fossem apenas os adversários até soaria natural, apesar de sermos o mais odiado dos quatro, mas a torcida contra vai além destes três.
A Rede Paranaense de Comunicação adquiriu os direitos de transmissão do Campeonato Paranaense 2007 e 2008, como todos sabem. Na transação o Atlético ficou de fora por não concordar com os valores propostos pela empresa televisiva. Em 2007, nenhum problema, pois a dupla finalista Para-Para tinha aceito a pequena cota proposta pela RPC. Neste ano, qualquer pessoa inteligente pode imaginar que para quem comprou o estadual sem um dos times seja MUITO melhor uma final sem este, por duas simples razões: 1. Uma final sem o Atlético pode ser transmitida. 2. Caso o Atlético esteja na final ou não transmite ou sujeita-se a pagar aquilo que o Atlético quiser por meros dois jogos. Por estas razões, normal que não agrade ao pessoal da TV a presença atleticana na final. O que isto pode significar na prática? Não sei, mas vale uma atenção redobrada.
Assim, não pense o Atlético que em 2008 a história possa ser muito diferente daquelas de 2006 e 2007. Lógico que jogar bem ajuda, não ter alguém em campo em péssimo dia colabora um pouco mais, mas os olhos atleticanos devem estar bem abertos e atentos para eventuais surpresas contra o Toledo. Afinal, agora é o Atlético contra a rapa, utilizando-se de um popular termo futebolístico.
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