Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Chega de desculpas

03/04/2008


Ontem você chegou muito cedo. Hoje tarde demais. Amor, nunca mais saímos juntos! “Benhê”, que tal sossegarmos e ficarmos em casa um pouco mais? Você nem me olha. Pare de reparar em tudo! Estou gorda? Nossa, olha o tipo daquela ali me chamando de gorda!

Enfim, nunca nada está bom para algumas pessoas em especial para estes seres tão intrigantes, belos, doces, singelos e.....exigentes que são as mulheres. Seres os quais a gente não consegue viver sem e sem elas sequer teríamos vida! Mas sempre há uma queixa aqui, outra acolá e a coisa azeda. E para nós torcedores, ainda mais os em estado terminal e normalmente mais chatos que a média como este escriba, sempre há motivos para reclamar, se impacientar e cobrar. Muita coisa não depende da gente e talvez justamente pelo fato de nos sentirmos tão atados é que descontamos com gritos, protestos ou textos. Porém o que a gente pode mudar tem a obrigação de fazer.

Ser sócio é uma delas. Aliás, informações completas sobre como se associar, clique aqui.

Fui sócio desde a 1ª modalidade, o “sócio torcedor” lançado em 1997, junto com a campanha de construção da nova Baixada. Um carnê vermelho que guardo até hoje e a gente levava a um guichê, devidamente pago e trocava pelo ingresso. Entretanto, mais de uma vez perdi minutos preciosos no início das partidas, pois o negócio não funcionava direito e em meses que jogávamos somente duas partidas em casa por mês, eu saía no prejuízo. Adolescente ainda, me contentava em achar que estava ajudando o time do coração sendo sócio e que com aquele meu dinheirinho tirado do salário e meio que ganhava na época, estava ajudando na construção de nossa nova casa.

Depois vieram os “pacotes” de ingressos e o primeiro deles, já em nossa nova e moderna casa vendeu muito bem obrigado. Na temporada de 1999 tínhamos bons públicos em praticamente todas as partidas e a maioria era “pacoteiro”. O plano de pacotes que mais valeu a pena ter foi em 2001, sem dúvidas! Naquele ano, modestamente sei que dei uma baita contribuição a todos os sócios. Como era imprevisível saber de antemão se nos classificaríamos à segunda fase e se passaríamos sucessivamente dos play-offs , sugeri ao clube, através de carta enviada por fax à administração e também às colunas de leitores dos principais jornais da cidade que os “pacoteiros” tivessem preferência na compra de até 2 ingressos para as fases decisivas.

Assim, pensava eu, se evitaria o que aconteceu na final do Paranaense de 2000, quando vencemos os coxas em casa e muitos amigos que foram a todos os jogos, dos mais chatos e com estádio vazio até os clássicos acabaram ficando de fora das finais ou caíram na mão de cambistas, pois na hora do filé mignon todo mundo se senta à mesa! Deu certo!

Achei os planos de 2005, 2006 e 2007 mal feitos e principalmente caros. A maior vantagem deve ser a financeira. Lógico que o torcedor gosta de participar de sorteios, ter desconto em promoções de artigos do clube, ter um agrado por parte do Atlético e garantir sua entrada em todas as partidas. Mas a principal contrapartida do clube deve ser a financeira e nisso o plano de sócio furacão 2008 acertou em cheio.

Os R$ 50 necessários para a associação são justos: nem barato, nem caro. Na medida certa, ofertando comodidade e garantia de lugar cativo no melhor estádio do Brasil, faça chuva, faça sol, em qualquer hora do dia e dia da semana. No lugar cativo o torcedor tem a honra de colocar seu próprio nome na cadeira, fazer amizade com os novos “vizinhos”, abrir conta na lanchonete mais próxima e saber que o clube pode contar financeiramente com sua ajuda. O Atlético, sabendo que pode contar religiosamente (e é com essa devoção que o Furacão merece ser tratado) com um numerário X em seu orçamento, pode planejar melhor, se organizar melhor e poder dar o retorno que todo torcedor mais quer: títulos!

Então amigo atleticano, mãos à obra, compareça ao Espaço Sócio Furacão e junte-se aos mais de 8 mil rubro-negros que cantam, vibram, riem, choram, cobram da direção, mas antes de tudo isso dão sua contribuição, financeira no caso, mas tão importante quanto sua presença nas arquibancadas. Chega de desculpas, antes das finais do estadual, e vamos chegar lá sim senhor, temos que ter 10 mil sócios, rumo aos 20 mil até o final deste ano.

CAMISAS

Como a parceria muito bem sucedida com a Kyocera tendo sido encerrada, o clube afirmou que “propagará” o site oficial na camisa de jogo, enquanto não fecha novo contrato de patrocínio. Acharia mais sensato e principalmente mais útil fazer publicidade do Sócio Furacão.

Até porque, na minha ótica Atlético sempre, Furacão é mais que eterno, CAP ótima abreviatura, Atlético Paranaense com certeza, mas CAparanaense me embrulha o estômago!

CLAP CLAP CLAP

Não não, mas uma salva de palmas à FPF : clap clap clap clap clap clap clap clap clap clap clap, uma saideira: clap clap clap!!!!!

Mais dois IPI IPI URAAAA e um Viva!

Todos os jogos no mesmo dia, envolvendo as equipes da capital foi sensacional. Domingo desses, o de Páscoa, NENHUM jogo foi realizado em Curitiba e justo na rodada decisiva 4 partidas em Curitiba. O maior problema é o cruzamento inevitável das torcidas que se dirigirem ao Couto Pereira e Durival de Brito por serem mais próximos de estações tubo usadas por ambas as torcidas e pelas saídas darem rumo ao centro.

Resumindo, foi feito pra dar caquinha, para ser educado aqui. Pior de tudo é que o comando da polícia será obrigado a contar com um efetivo muito grande, ocasionando um outro problema, pois toda a segurança estará focada nos eventos esportivos e como ficam os outros cidadãos pagadores de impostos que tem assegurado constitucionalmente o mesmo direito que os torcedores de futebol? A tabela é uma obra prima da falta de inteligência da Federação Paranaense de Futebol.

Os coxas jogaram aqui no ABC paulista, há menos de 1 hora de avião, custava colocar jogos do seu grupo no sábado e do grupo do Paraná que jogou na Bahia, longe de casa portanto (que é o nosso grupo) para a tarde de domingo?

FINALEIRA, prometo

Ufa! Três textos na mesma semana, creio estar sobrando idéias ou seria falta do que fazer? Na verdade me sinto mais inspirado, ai ai ai. Bem, para finalizar gostaria de saber que idéias, que plataformas possuem os atuais candidatos à Federação Paranaense de Futebol. Por enquanto a disputa é meramente levada ao campo da política e um jogo de empurra-empurra onde ninguém quer admitir que foi submisso e por vezes até mesmo comparsa do ex-mandatário da FPF.

Diminuição do estadual, começo postergado ao menos para a segunda quinzena de janeiro, venda de cotas economicamente mais viáveis de publicidade, redução para no máximo 12 times na série A, vistoria decente nos estádios, maior transparência nas contas, que fim dar ao Pinheirão? Questões interessantes que não vi, li ou ouvi em lugar nenhum até o momento.

Espaço aberto aqui para todos os postulantes falarem sobre o que desejam fazer.

ARREMATE

“Só sei dizer que a morena onde vai, tem comitê/
Todo mundo faz fila no guichê”.
Requebra Morena, Zeca Pagodinho, com letra e música de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro


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