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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Como é fácil falar de Sicupira, o craque da camisa 8 que jogava muito, mesmo não o tendo visto ao vivo. Porém, gols assistidos pelos videotapes e matérias em jornais e revistas da época e principalmente um bom bate papo com os mais velhos, quer seja na Boca Maldita ou no caldo de cana com os “amigos do Mirante” nos faz vislumbrar o quão jogara bem o Bigode.
E Alex Mineiro? Herói máximo junto de outros no título de 2001, autor dos 8 gols mais importantes e impressionantes da história atleticana recente. Ídolos, protagonistas, heróis de épocas distintas, mas sempre lembrados pela massa rubro-negra.
Ultimamente nos apegamos ao craque Ferreira, seus dribles desconcertantes, arrancadas fulminantes e passes precisos, além da voluntariedade que levanta a galera da arquibancada. E Claiton, que com sua garra e fôlego incansáveis, além de inconteste liderança levantava o astral do time, tirava forças do elenco sabe-se-lá de onde nos ajudando a bater o recorde do Furacão de 1949?
Porém, o que seriam deles sem os “carregadores de piano”, sem os peões da obra? Que tenor consegue encantar platéias sem bons músicos, que bela obra de arquitetura ganha corpo sem a mão dos pedreiros, que iguarias são consumidas a preços astronômicos se não fossem as mãos hábeis de auxiliares de cozinha?
Adiantaria Marcelo Ramos ter feito sua dezena de gols se tivéssemos levado 30 tentos no certame? Netinho com suas cobranças de falta venenosas que resultam ou em gol ou em belas assistências seria lembrado se nossa defesa continuasse a levar gols e mais gols de cabeça como nos anos anteriores? Temos sim nossos protagonistas, mas eles só brilham graças ao trabalho “sujo” dos melhores coadjuvantes que temos por estas bandas.
Para começar, vamos ao começo: nosso camisa 1 é muito bom de bola. Excetuando-se o preconceito que o torcedor atleticano parece ter com os goleiros da base e uma cobrança excessiva, não tendo o cuidado de ver que essa camisa 1 é sagrada, já tendo sido vestida por ótimos goleiros como Laio “A Fortaleza Voadora”, Picasso, Roberto Costa “Mão de Anjo”, o campeoníssimo Marola, o carismático Ricardo Pinto, o bom, porém ingrato Flávio “Pantera”, Diego e o inesquecível Caju “A Majestade do Arco”. Temos história e tradição de bons goleiros e o menino Vinicius, do alto de seus pouco mais de 20 anos mostra segurança de veterano, disposição de juvenil e maturidade mais que suficientes para ser apontado como um goleiro de bom nível e que pode sim chegar à excelência no gol num futuro muito breve.
Na defesa então temos hoje o melhor zagueiro em atuação no Brasil. Não temo em afirmar que só estamos onde estamos e tivemos a reação ano passado (também por conta da volta do povo atleticano a seu ninho pela redução do preço dos ingressos) graça a vinda de Antonio Carlos. Soberbo, sublime, único, sensacional, preciso, inteligente. Tentei defini-lo em uma palavra, mas existem várias uma palavra para definir esse excepcional zagueiro.
Temos ainda o constante e incansável Valencia, além de Alan Bahia e até mesmo os alas que voltaram a ter confiança em seu futebol. Um futebol diferente, que se não é tão bonito como o do começo de temporada, se mostra solidário e competitivo neste momento de decisão. O grupo, muito bem comandado por Ney Franco tem méritos, mas acho interessante destacar estes dois jogadores que tanto fazem pelo time e pouco são falados e mesmo pouco percebidos pela maioria dos torcedores: o goleiro Vinicius e o beque Antonio Carlos. Dois dos melhores coadjuvantes que vi jogar por essas plagas!
ARREMATE
Revelou o caminho do amor /
E a tristeza acabou. Meditação, Tom Jobim e Newton Mendonça
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