Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Festa no Puxadinho

28/03/2008


O Atlético fez aniversário na última quarta-feira e quem ganhou o presente foi a sua torcida. Ontem à noite o Furacão voltou a vencer o time das vilas, na Vila Capanema, carinhosamente chamado pelos atleticanos de “puxadinho”. Apelido ganho pela reforma que o time bicolor fez em seu estádio no ano passado. De quebra o Furacão tomou o lugar do Paraná na classificação do grupo A.

O Rubro-negro alugou o salão de festas do bi-tricolor para comemorar seu aniversário de 84 anos e pouco mais de 0,15% (algo em torno de 1500 torcedores) da torcida atleticana esteve presente no “puxadinho” para comemorar o aniversário e a vitória do Furacão contra o timinho da gralha azul. Após o chororô do meia Cristian (no caso da balinha) quem fez a festa e comemorou com o agora famoso chororô foi o volante Alan Bahia.

Não vou me ater a detalhes do jogo, vamos falar da festa e da alegria de voltar a ser o melhor time da capital nesta fase do Campeonato Paranaense. Até semana passada, o Atlético era o lanterna, foi dado como “morto” pelos adversários e as duas vitórias consecutivas contra Iraty e Paraná Clube, fizeram com o time dependesse apenas das suas forças para chegar as semifinais do Estadual. Fazer a festa no “puxadinho” foi um presente aos torcedores que incentivaram o time durante os 90 minutos da partida. Afinal de contas, já estamos acostumados a ganhar no estádio do viaduto, que virou o nosso salão de festas.

As duas vitórias voltam a credenciar o time atleticano ao título paranaense. A chegada dos reforços animou o técnico Ney Franco e o “pacto” entre os jogadores foram fundamentais para o sucesso da equipe. O time ainda precisa de alguns ajustes, mas a competência do técnico rubro-negro fará a diferença na fase mais aguda da competição.

Deram vida ao Atlético, “ressuscitaram” o Furacão como bem disse o capitão paranista Luis Henrique. Problema deles, os donos do “puxadinho” ficaram com a batata quente nas mãos e agora correm o risco de não se classificarem para a próxima fase.

O mais engraçado que ontem antes da bola rolar tinha gente da imprensa (emissoras de rádio) falando que se o Paraná ganhasse o clássico já estaria classificado. Esqueceram estes senhores da latinha que o Paraná enfrentaria um time unido que precisava antes de tudo provar a sua honra diante dos seus torcedores. Pois bem, ao apito final do árbitro Heber Roberto Lopes, que ontem apitou direitinho o jogo (temos que ser justos quando ele faz um bom trabalho), os papéis se inverteram e começaram a falar que o time das vilas já estava em crise e que a derrota no clássico poderia deixar o Paraná fora da fase final do certame estadual. Coisas do mundo da bola.

Chamem como quiserem a recuperação atleticana. Ressurreição, união ou pacto, o nome realmente não importa, o que importa é que o time está fechado e a motivação passou a fazer parte do dia-a-dia do CT do Caju. Parece que os jogadores sentiram na pele a falta de carinho da torcida e a desconfiança de todos. Resolveram jogar futebol, resolveram ser polivalentes e mostraram garra e vontade. Para a torcida isso basta, um time aguerrido dentro de campo vale muito mais que um time de estrelas.

Novamente desejo vida longa ao Atlético, ainda mais agora com os ânimos renovados. Pra cima deles Furacão, em busca de mais um título paranaense.

Domingo vamos lotar Baixada

A nuvem negra foi embora. Mudou de ares, agora ela está dividida assim: 60% pros lados do Alto da Glória e os outros 40% pros lados da Vila Capanema. Problema para eles resolverem. O Atlético não tem nada a ver com isso. Justamente por isso a torcida atleticana está convocada para lotar a Baixada e empurrar o time para a classificação. Uma vitória sobre o líder Engenheiro Beltrão no domingo fará com que o Atlético reassuma a liderança do grupo A e encaminhe a sua classificação.

A torcida está eufórica e empolgada. Clima este que não deve subir a cabeça dos jogadores, pois estão muito bem preparados para está situação. A festa no domingo só será completa nas arquibancadas se o time corresponder dentro de campo. Após as duas vitórias, tenho certeza que os jogadores, mais do que ninguém, querem cair nos braços da torcida e poder comemorar uma vitória diante de uma Baixada completamente lotada.

Respeito ao Engenheiro Beltrão, afinal de contas, eles são líderes do grupo A. Será um jogo duríssimo, o Furacão mais do que nunca precisa do apoio do seu torcedor para obter sucesso em mais este importante jornada.


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