Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Cocoon

26/03/2008


Alguém aí lembra daquele filme Cocoon?

Pra quem não se recorda: trata-se de um filme da década de oitenta (1985), em que extraterrestres vêm à Terra com a missão de recuperar seus semelhantes em casulos extraviados. Porém, durante o processo de resgate desses filhotes de alienígenas, moradores de um asilo acabam se envolvendo acidentalmente e recebendo benefícios da “energia” extraterrena, passando a ter uma disposição fantástica.

Mas o melhor é que, quando os simpáticos velhinhos descobrem a origem da sua juventude, passam a enfrentar alguns dilemas: abrir mão dessa chance? Encarar seu próprio destino? E as coisas que deixarão para trás? Será que vale a pena? E o preço a pagar?

Qualquer semelhança com o nosso velhinho Clube Atlético Paranaense é pura coincidência!

Ao longo dos seus 84 anos de vida (com corpinho de 21), esse Senhor foi protagonista de inúmeras aventuras: furacões, milagres, histórias de amor e, por que não, ter sido “vítima” de forças alienígenas?

No domingo de Páscoa de 1995, algo de muito surpreendente alterou significativamente o futuro do nosso rubro-negro. Ali foi consagrado um grande marco na história do Clube, tão importante quanto a sua própria criação há 84 anos.

Foi o Cocoon! Talvez a mesma força que criou as pirâmides, Machu Picchu e Stonehenge. Ou quem sabe tenhamos bebido uma superdose da fonte da juventude! Só sei que essa benção nos permitiu erguer a cabeça e comemorar o 84º aniversário do nosso Furacão e todos os outros que virão. Voltamos a ser guris!

Conquistamos marcas. Tornamo-nos um Clube de vanguarda, audaciosos, empreendedores, esperançosos, exigentes e muitas vezes arrogantes. Talvez tenhamos abandonado um pouco do romantismo, da paciência e da humildade; mas precisávamos pagar o preço da eterna juventude.

Vida longa ao Atlético Paranaense!

PS: Essa foi a maneira meio doida que arrumei para desejar tudo de bom ao meu amado Atlético.


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