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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Uma paixão de 84 anos
26/03/2008
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O Atlético comemora hoje 84 anos de sua fundação, resultado da união entre Internacional e América. Ao longo destas mais de oito décadas o clube venceu, perdeu, conquistou tÃtulos, patrimônio, respeito, acumulou torcedores, criou Ãdolos, viveu. Viveu para alegria de quem o ama, identifica-se com ele ou simplesmente o admira.
Em 1979 nem tinha me dado conta de que viria ao mundo e lá estava a camisa do Atlético pendurada na porta do meu quarto na maternidade, substituindo a tradicional cegonha. Meu pai e meu avô não me deram opção de escolha, nasci atleticano e assim serei pela vida toda. Sou grato à atitude que eles tomaram antes mesmo do meu nascimento, pois não seria tão feliz e realizado torcendo por outro clube. As cores, a vibração da torcida, a alma e as coisas do Atlético são fascinantes, cativantes, quem experimenta o atleticanismo não o abandona por nada.
O Atlético é tão forte em minha vida que já optei por ele em diversas situações da minha vida, abrindo mão de outros compromissos importantes, viagens, festas, jogos de futebol para estar ao seu lado, seja em um grande jogo ou contra um time medÃocre, pois toda partida do Atlético é importante. Não importa o adversário, sempre fui a campo ver o Atlético, somente ele, fosse contra o River Plate ou o Jandaia.
Com o Atlético sorri, sofri, vibrei, briguei, fiz amigos, tornei-me mais próximo ao meu pai, paguei apostas, ganhei ainda mais apostas, viajei, vivi, participei de programa na TV, na rádio, dei entrevistas, escrevi notÃcias e colunas. Joguei pelo Atlético também, no futsal, no velho ginásio ao lado da antiga Baixada. Situação precária do clube naquela época, quando os pais dos jogadores ajudavam a bancar os custos do time, tanto em relação aos uniformes quanto à s ajudas de custo para os meninos mais pobres. Nem telefone o Atlético tinha, pois este vivia cortado por falta de pagamento. Continuei vestindo a camisa do clube após a saÃda do ginásio e ida para o Sesc da Esquina e meu último vÃnculo como atleta do Furacão foi nas categorias de base, no Pavoc (Parque Aquático) em São José dos Pinhais.
Hoje é um dia especial para toda a nação atleticana e talvez seja o momento de refletirmos que juntos, unidos, mirando o mesmo destino, seremos cada vez mais fortes. Antes de pensar no próprio ego vamos voltar-nos a este querido Clube Atlético Paranaense, paixão comum a todos nós. Amanhã é um belo dia para colocar isso em prática, vencer o Paraná e rumar ao tÃtulo paranaense, o 22.º nestes 84 anos de história.
Parabéns, Atlético! Muitos anos de vida e feitos pela frente!
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