Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Vamos nos preocupar mais com o Atlético

19/03/2008


Qual o time que você torce? A pergunta parece óbvia, mas em um site com mais de 20 mil acessos diários, normal que muitos que passem por aqui sejam rivais que querem ler sobre o Atlético, especialmente nesta fase ruim iniciada há algumas semanas. Portanto, caso a sua resposta à minha pergunta não seja Atlético, aproveite a estada para votar no furacao.com no Ibest. Enfim, esta é uma coluna escrita por um atleticano, para atleticanos e sobre o Atlético.

O Atlético precisa de nós neste momento, de cada atleticano que existe neste mundo afora. O momento é complicado, mas precisamos ter em mente que o motivo que me faz escrever aqui, ir aos jogos, associar-me, torcer, é o mesmo que o faz ter as mesmas sensações que eu, de tristeza e alegria, que o trouxe ao furacao.com (salvo aqueles lá de cima que agora deveriam votar no Ibest, fazendo algo útil por aqui), que o motivou a ler minha coluna ou outra, acompanhar as notícias, votar na enquete, escrever para o fala atleticano...e você sabe qual é este motivo? Ele tem nome e sobrenome: Clube Atlético Paranaense!

A Torcida Os Fanáticos tem um lema interessante: “o Atlético nos une, a união nos fortalece!” Não fosse pelo Atlético, não estaríamos unidos aqui, na Arena, no Prajá, em qualquer lugar que o clube joga. Mas parece que o Atlético tem sido deixado de lado nestes últimos dias. Eu, você, o dirigente atleticano, o diretor de torcida, o sócio menor de idade, o jogador do clube, o funcionário do CT. Todos nós temos que cuidar daquilo que é nosso, o Atlético. Ano passado, Mario Celso Petraglia disse sentir-se dono do Atlético. Poucos tentaram entender e interpretar o que ele quis dizer com isso. Talvez falte a maioria de nós pensar assim. Vamos ser donos do Atlético, fazer nossa parte, tornar este clube que nos une cada vez mais forte, materializando o lema da TOF.

O torcedor rival que continua me lendo após dois avisos, parte da imprensa que se nutre do mal do Atlético e todos nossos outros adversários estão contentíssimos com o que está acontecendo nos últimos dias. Alguns jogadores importantes saíram, o time perdeu o embalo, abalou-se com o tropeço da Copa do Brasil e a crise se instaurou, para alegria de todos aqueles citados no início deste parágrafo, pois se nem nós temos motivos para elogiar o Atlético de março, não serão os outros que o farão.

Mas isso não pode nos derrotar, não pode afastar o atleticanismo. Hoje um amigo meu me disse que talvez seja o momento de um pacto entre todos os segmentos atleticanos. Aqueles pactos que recolocam as coisas no eixo, que fazem uma torcida e um time mais forte, dirigentes elogiados e jogadores aclamados após uma vitória, mesmo que o clube esteja penando, numa situação ruim no campeonato.

Quantos times voltaram mais forte da crise? Neste momento somente nós que amamos o Atlético é que podemos dar força a ele, levantá-lo, agradá-lo com apoio, carinho, reforços, dedicação, vontade de vê-lo brilhando. Afinal se a torcida pode apoiar e dar carinho, os dirigentes podem reforçar o time, os atletas e funcionários podem se dedicar por ele e todos podem, em sintonia, ter vontade de fazê-lo vencedor, afinal, como já disse antes, todos são atleticanos, mesmo que alguns o sejam pela vida toda e outros "estarem" atleticanos por um período.

O Atlético é o maior objetivo comum para todos os atleticanos, mas às vezes parece que alguns se esquecem disso, brigam entre si, xingam outros atleticanos (atletas, dirigentes e torcedores), deixam de associar-se, de ir ao jogo, apoiar o time, cumprir sua obrigação, como se desta forma estivessem vingando-se de alguém, quando agindo assim somente fará mal ao Atlético. E este senhor que completa 84 anos na próxima semana precisa de você, dos jogadores, dos diretores, dos torcedores, de todos os atleticanos, pois a sua derrota será a de todos nós, ninguém além daqueles que juntos dão vida ao Clube Atlético Paranaense sofre com o mau momento do clube.

John Kennedy, ex-presidente norte-americano, disse uma frase que se tornou célebre e serve perfeitamente para nosso momento: “Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela.”. Faça algo pelo Atlético, aquilo que estiver ao seu alcance, seja torcer, associar-se, contratar, jogar bem, fazer gols, defender, escalar, substituir, motivar, enfim, faça algo, pois um dia você escolheu o Atlético e agora não pode abandoná-lo!

O que não é legal neste momento é autofagia, prejudicado será somente o Atlético. Os jogadores, torcedores, dirigentes, funcionários passam, mas o Atlético fica! Sempre ficará! E é com ele que precisamos nos preocupar mais, o resto é bobagem perto do bem que queremos pelo Atlético!


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