Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Fim do ciclo

10/03/2008


Não é fácil ser grande. Ao entrar na vida adulta você passa a ter compromissos como trabalho e família. Obrigações que quando se é criança não se tem. Com um time de futebol é a mesma coisa.

Quando se sai do status de time médio para o de time grande, as responsabilidades aumentam.

A torcida cobra mais e própria mídia também. Mais complicado, ainda, é alcançar este rótulo fora do eixo Rio-São Paulo.

O que aconteceu com o Atlético na Copa do Brasil é mostra clara de que as coisas mudaram no Atlético. Era latente que o Furacão era um dos candidatos ao título, inclusive sendo apontado por cronistas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Temos estrutura, mas não estamos conquistando títulos e, indiferente do que foi construído patrimonialmente, a torcida continuará cobrando.

Ela está no seu direito. Vai ao estádio, paga ingresso, logo que ver um bom time. Torna-se sócio-furacão, paga mensalmente, logo quer ver um bom time. Por isto é totalmente compreensível o pensamento da torcida em questionar as vendas de Ferreira e Claiton. A torcida sentiu que o clube não se mexeu para tentar segurá-los e muito menos na reposição, e com isto a queda de produção foi evidente.

Não podemos entrar no Campeonato Brasileiro sem contratar bons jogadores. Cabe à direção realizar estas contratações, assim como cabe a eles o mérito do acerto e a culpa pelo erro.

Penso que o Atlético precisa de sangue novo. Tanto no campo como na estrutura política, até para ver como será.

Tenho certeza de que toda a torcida será eternamente grata a Mario Celso Petraglia por tudo o que fez, mas também queremos ver outras pessoas trabalhando pelo Atlético. Atualmente o clima entre torcida e Patraglia mais prejudica do que ajuda o clube. Petraglia poderia ser um gerente de relacionamento do Atlético com a CBF, já que goza de grande prestígio junto a Ricardo Teixeira, o que atualmente é o mais importante quando o assunto é futebol.

Não adianta ficar pensando no que aconteceu na quinta-feira passada. O principal, no momento, é que a torcida continue a aderir ao plano de sócios, já que estamos ajudando o Clube Atlético Paranaense, indiferente de quem gerencia.


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