Marçal Justen Neto

Marçal Justen Neto, 44 anos, é advogado. Atleticano de terceira geração, é um dos fundadores da Furacao.com. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2003.

 

 

Vergonha?

19/11/2001


Perdemos o segundo jogo na Era Geninho e muitos torcedores já estão entregando a toalha. Alguns chegaram a se dizer envergonhados com a goleada sofrida contra o Gama. Confesso que fico meio chocado com esse tipo de opinião. Se há um sentimento que não consigo associar ao Atlético é o de vergonha.

Por mais desastrosa que seja a derrota, não me sinto envergonhado por torcer para o Atlético. Ainda mais na fase em que estamos, na segunda colocação do Brasileiro. Perdemos em Brasília, mas as chances que tínhamos para brigar pelo título continuam as mesmas. O problema é que, mais uma vez, a empolgação foi muito grande após o jogo contra o Bahia. Houve quem pensasse que o time era imbatível. Nem tanto ao céu na vitoria contra o tricolor baiano, nem tanto à terra na derrota para o Gama.

Temos de ter equilíbrio e continuar confiando no time. A tendência é fechar a primeira fase com dois bons jogos e garantir o segundo posto, que seria importantíssimo, já que nos daria vantagem de jogar a quartas-de-final e a eventual semifinal em casa. Sob este ângulo, ficar em primeiro ou em segundo não faz tanta diferença.

O importante é que o time está voltando a ficar completo justamente no momento importante. Flávio estará no gol e nos devolverá a segurança. Com a zaga completa e Souza em campo, o time muda bastante. Esperemos que nas partidas decisivas eles não voltem a ser desfalques, o que certamente traria grandes prejuízos.

Números

Quando escrevi minha última coluna, faltavam oito jogos para o Atlético. Pela minha previsão na época, faríamos mais 17 pontos. De lá para cá, fizemos 12. Assim, para chegar perto do que eu havia previsto, precisamos de mais uma vitória e um empate ou duas vitórias. A tarefa não é tão difícil.


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