Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Festa na Baixada

05/03/2008


É hora de Copa do Brasil, o atalho para a Copa Libertadores da América. O Atlético precisa colocar em campo mais do que o desejo de vencer. Precisa colocar em campo o desejo de reencontrar a confiança. Precisa jogar o que sabe, o que o torcedor merece e mais do que o suficiente para avançar à próxima fase do torneio.

Comentei e volto a falar que a saída de Claiton deixou o Rubro-negro carente. Tivemos a certeza de que Claiton teria caído como uma luva, mas andamos meio desconfiados quando justamente ele, o líder que o Atlético tanto precisava, estava de malas prontas. Logo ele que jurou seu amor ao Furacão e se mostrou muito feliz na Baixada, como se tivesse reencontrado a sua paz no futebol. Paciência, ainda havia para Claiton uma felicidade ainda maior reservada, em forma de cifrões, e nós voltamos a ficar carentes.

E o Atlético passou de ousado a apático em questão de dias. Há quem diga que estou querendo enxergar fantasmas onde eles não existem, mas confesso que me preocupa a ausência de uma liderança dentro de campo. Dos que estão no elenco, nenhum será como Claiton, daí a necessidade urgente de reposições. E se o Atlético almeja alguma conquista para este ano, precisa pensar a curto, médio e longo prazo. O Atlético não pode se desvincular da invencibilidade e do bom momento que teve até agora, não pode se deixar abater e têm a obrigação de projetar um elenco bem mais forte para o decorrer do ano.

Se a saída de Claiton foi uma grande perda, que fiquem as inúmeras coisas boas que Claiton nos deixou. A principal delas: o forte desejo de vencer! Que os atleticanos que entrarem em campo para jogar contra o Corinthians Alagoano tenham a consciência de que a vibração, a vontade e a confiança podem fazer ressurgir no Atlético este espírito vencedor. Não gostaria que o Atlético entrasse em campo apenas para garantir a classificação. Gostaria de ver de novo um Atlético vibrante, cheio de energia, correndo, gritando, exigindo, cobrando, suando e sobrando.

E que alguém, ao final do jogo, chame o time e venha comemorar com a torcida atleticana. Que seja compartilhada, ao final de um belo espetáculo, a verdadeira energia que só existe no Joaquim Américo após um grande jogo de futebol. Que os jogadores cantem, dancem e batam palmas junto com o torcedor, isso é bom demais, não é proibido e faz bem pra alma. Que o Atlético volte a batalhar e que volte a ter sangue nos olhos.

A Baixada estará linda, pronta para cantar ao lado do nosso querido Furacão, afinal, os homens passam, o Atlético fica!


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