Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

As fases do ano

01/02/2008


Talvez a gente possa dividir um ano em duas partes: antes e depois do carnaval. O período “pós-carnaval” é um pouco mais extenso, mais cansativo, calendário cheio, agenda lotada e muito trabalho pela frente. Será, na verdade, o grande período para que cada um de nós coloque em prática a nossa projeção de todos os objetivos. Objetivos que foram elaborados quando? Isso mesmo: no período “pré-carnaval”.

Próxima semana ainda será de descanso, recessos, ressaca, pelo menos para o bom e bravo bicho brasileiro. Nada se faz tão bem até que se termine a semana de carnaval. Aí sim, quando o “Domingão do Faustão” ou a “Trilha sonora do Fantástico” anunciarem o final da semana da folia, estaremos, cada qual a seu modo, prontos para um novo tempo. Alguns em crise emocional, outros em depressão profunda, mais alguns em êxtase e grande euforia, e ainda haverá aqueles lotados de planos para o casamento que está se aproximando ou as profundas mudanças na vida pessoal ou profissional.

Enfim, estamos próximos ao final do primeiro período do ano, cumprindo à risca o velho ditado do cidadão brasileiro: “antes do carnaval o Brasil não existe”.

Pois bem, na época de projeções ou planejamentos, ou ainda época de pré-temporada, fomos absolutamente perfeitos. 100%. Estamos prontos para tirar de uma vez o pé do freio e voar baixo rumo aos grandes ideais de 2008. Não conquistamos nada, mas estamos prontos. Alguns detalhes a mais, aqui e ali, muito trabalho pela frente, e cabeça erguida para fazer deste ano, o “nosso ano”. O Atlético está aí, com bala na agulha e com a receita para grandes alegrias a partir do segundo período do ano.

Até aqui podemos realçar o ponto alto da boa regularidade do time, a influência da diretoria em finalmente aliar suas forças com as forças da torcida, a composição da zaga do Atlético, a evolução e estabilidade do nosso meio campo, a característica da marcação forte, a liderança sempre essencial para o time dentro e fora de campo, entre outras coisas boas que nos aguardam e nos enchem de esperança diante dos novos tempos.

Mamãe eu quero mamar...

.....dá a chupeta pro nenê não chorar... Vamos fechar os nossos ouvidos ao demérito e choradeira, tanto dos nossos adversários como também da difícil imprensa paranaense, a qual insiste em desviar os focos das vitórias atleticanas. Chega de dar ibope a esta gente que vêm a público reclamar de arbitragem, chorar no ouvido do povo e dizer que “quem está chegando pensa que o campeonato já têm um campeão, que é o Atlético”.

Minha gente, não sejamos ingênuos a ponto de levar em consideração comentários “amadores” de pessoas que lamentam por terem nascido em berço verde ou azul, da cor da gralha do Estado do Paraná. Deixemos que chorem, e que continuem idolatrando Héber Roberto Lopes, afinal, com ele tudo seria diferente. Que façam uma estátua para o Héber e coloquem no caminho que leva do Couto ao albergue paranista. Toquemos a nossa vida, com autoridade, superioridade e a mesma humildade de uma gente vermelha e preta que está consciente de que pra ganhar alguma coisa ainda é preciso muito trabalho. E as conquistas se concretizam assim, com muito trabalho!

Avante

Portanto, atleticanos, é hora de cair na folia. Juntar todos os nossos planos, todos os nossos pontos (todos mesmo!) e cantar em busca de bons e novos tempos. É hora de olhar para frente, como sempre fizemos, e projetar nosso futuro com ainda mais força. Sabemos que a vida não é feita somente de vitórias, e quando a derrota chegar, que possamos, ao contrário dos “verdadeiros perdedores”, saber levantar a cabeça, assumir o fracasso e seguir adiante, certos de que lições são coisas que certamente nos fazem crescer.

Para o início dos novos tempos, quando chegar o pós-carnaval, já teremos largado na frente! Avante, Atlético, e que tenhamos todos um belíssimo “restinho de ano”.

Sócio Furacão 2008

Tá na hora.


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