Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Capitão Claiton

23/01/2008


O Atlético encontrou dificuldades nas últimas temporadas pela falta de um líder no grupo. Desde a saída de Marcão em 2005, o rubro-negro ficou carente de um capitão, alguém com liderança sobre os demais jogadores, inteligência e experiência para falar com a arbitragem. Mesmo com o retorno de Marcão no início de 2007, a tarja de capitão do time permaneceu com o zagueiro Danilo, um sujeito pacato, sem o perfil ideal para a função.

Durante o Campeonato Brasileiro passado, chegou ao Atlético o volante Claiton, trocado por Cristian. Desprestigiados e no banco de reservas de seus clubes, a idéia geral é que continuariam sem vingar após a mudança de ares. Claiton mal chegou por aqui e já foi escalado por Antonio Lopes para a terrível partida em Natal contra o América. Não foi bem, o delegado logo foi demitido e o Atlético contratou Ney Franco, justo ele, responsável por colocar Claiton no banco do Flamengo.

Felizmente o futebol é dinâmico e a afirmação do volante como titular e em seguida como capitão do Atlético se deu com a vinda de Ney Franco. O treinador mostrou-se inteligente provando que não tinha nenhum rancor em relação à Claiton e logo declarou que ele seria prestigiado, tornando-se em seguida seu jogador de confiança no campo.

Desde o dia que colocou a tarja de capitão no braço, Claiton mudou o perfil do time atleticano. Em casa, o Furacão deixou de perder. Em campo, finalmente alguém estava sempre ao lado do árbitro elogiando-o quando preciso e criticando-o coerentemente quando necessário. O elenco parece ter resgatado a confiança com a presença de um líder entre o grupo.

Claiton é um jogador que interage muito com a torcida, gosta de levantá-la com gestos e jogadas de raça. Ano passado foi um dos incentivadores para a promoção de ingressos no segundo turno do Campeonato Brasileiro e sempre fez questão de agradecer o apoio dos torcedores após o final dos jogos na Kyocera Arena. Motivado pelo clima do jogo, atuou com muita raça e técnica contra Grêmio e Coritiba, tendo feito sua melhores partidas contra estes dois times, históricos rivais atleticanos e do próprio Claiton, criado no Internacional de Porto Alegre e já identificado com o Atlético.

Nesta sexta-feira, o capitão do Atlético comemora 30 anos merecendo respeito do torcedor atleticano por sua postura em campo (e fora dele) e especialmente pela vontade que demonstra ao vestir a camisa rubro-negra. Parabéns Claiton!


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