Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

O melhor ataque é...

22/01/2008


Dizem que a melhor defesa é o ataque. Afinal, foi com essa máxima que conquistamos o Campeonato Brasileiro de 2001. Lembro de partidas memoráveis onde levamos 2 ou 3 gols, mas nosso ataque correspondia, superando os gols sofridos.

Na verdade, se olharmos os últimos anos veremos que sempre tivemos formações melhores no ataque do que em nossas defesas. Basta ver que a maioria dos atacantes que hoje são destaques pelo Brasil, dentre eles Washington, Finazzi, Alex Mineiro, Kléber ou ainda os bambis Aloísio e Dagoberto, vestiram a camisa rubro-negra num passado recente.

Porém, esse ano as coisas parecem diferentes. Na falta de um ataque definitivo, nossa zaga tem decidido as partidas não somente executando seu trabalho de retaguarda com muita perfeição, mas também atacando, e o melhor, convertendo suas investidas em gols.

Não são poucas as vezes em que nossos homens de defesa pintam no ataque como elementos surpresa, principalmente nos contra-ataques. Um exemplo clássico foi o lance do quase gol do Danilo no clássico do último domingo, ou ainda o lance do segundo gol, onde três jogadores de defesa participaram do lance.

Pela primeira vez em muito tempo, estou bastante seguro em relação a nossa defesa. O trio de zagueiros Antonio Carlos, Rhodolfo e Danilo, são soberanos. O primeiro, perfeito na sobra e no comando dos outros dois. Rhodolfo, o jacaré, tem desempenhado excelente papel na marcação e muita técnica na atencipação e por último, Danilo que jogando ao lado de dois jogadores de qualidade, voltou a apresentar um bom futebol e merece, junto aos seus companheiros, receber uma grande salva de palmas da torcida atleticana. Clap Clap Clap!

Obviamente, por melhor que seja nossa zaga, ela não poderia fazer milagres se não tivéssemos um bom meio-campo de contenção. E quando se fala em contenção, ninguém melhor no Brasil que nosso colombiano Valência, el destruidor de jugadas. Um monstro em campo, Edwin está presente em todas as partes do terreno. Corre, luta e apresenta um vigor físico que faz inveja a qualquer jogador. Indestrutível, imbatível, assim ele pode ser definido. Vida longa ao Valência. Hip Hip Hurra!!

Não poderia deixar de citar nosso capitão Claiton, que tem demonstrado uma enorme identificação com as cores rubro-negras. O jogador que a princípio viria como moeda de troca, encarnou o espírito atleticano e vem conquistando a cada jogo que passa o seu merecido espaço de ídolo da torcida do Furacão. Que essa raça e determinação possam ser contagiadas a todos do elenco e transformado em títulos. Vai que dá!

O grande mérito de hoje termos uma defesa sólida é do técnico Ney Franco, que teve a capacidade de unir as qualidades desses jogadores e hoje tem mais tranquilidade para trabalhar os demais setores do elenco atleticano.

Bom, nas demais posições ainda temos alguns jogadores que podem render mais do que os atuais, como Irênio, Piauí, Nei e Wallyson. E com isso fico imaginando o dia em que nossa criação, ataque e laterais estiverem num nível pelo menos 50% melhor do que o atual. Vai ser “duca”!

Dó maior

Esse foi o tom da atuação rubro-negra no último domingo.

Mesmo jogando num nível aquém do qual sei que nosso time pode atuar, vencemos o jogo do ano deles. O jogo que seria da redenção, do retorno à primeira divisão, mas que acabou tornando-se no jogo da volta à realidade. Realidade esta que é sombria e incerta para as paquitas do xoxa.

Vejo medo em seus olhos...

Procura-se

Onde estão meus amigos paranistas?

Os mesmos que há dois anos me enchiam o saco acreditando que poderiam tornar-se numa potência no futebol brasileiro, os mesmos que me enchiam o saco achando que rei era o professor Miranda, os mesmos que me enchiam o saco dizendo que íamos cair e blá blá blá...

Onde estão? Por que não gostam mais de futebol?

Aguardo um contato, enquanto isso o mundo chora a sua ausência.


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