Jones Rossi

Jones Rossi, 46 anos, é repórter do Jornal da Tarde, em São Paulo, e um dos fundadores do blog De Primeira. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Vitória sem Photoshop

21/01/2008


Durante a semana, o mais desclassificado site de torcedores do país criou uma polêmica tão ridícula que nem seus habituais leitores – classificados pelo baixíssimo nível – toleraram tamanha bobagem. Não preciso nem dizer que site é e nem para que times eles torcem, mas vou dar uma dica – lá é possível encontrar mais “matérias” (se acham um site jornalístico) sobre o Atlético do que sobre o próprio time. Famosos por publicarem bobagens recheadas de erros primários de português e até de lógica, desta vez conseguiram se superar.

Os cretinos lançaram aos leitores a idéia de retirar digitalmente o vermelho da camisa do Atlético nas fotos veiculadas no site que, repetindo, se pretende como fonte de informação. Imagine o tipo de site informativo que deliberadamente altera a realidade das notícias que publica. No mínimo é um tiro no próprio pé no que diz respeito à credibilidade.

A idéia acabou rechaçada pelos leitores e houve até outra matéria tentando justificar o absurdo, o desrespeito com o clássico, que é, sim, o mais importante para os dois times, tanto pela história quanto pela tradição, compostas de grandes jogadores e grandes partidas realizadas pelos dois lados. Embora ultimamente tenhamos disputado jogos muito mais importantes que qualquer Atletiba de nossa história, como a final da Libertadores e os campeonatos brasileiros disputados com São Caetano e Santos.

Mas nem por isso jamais tentamos diminuir o Atletiba, apagar parte tão importante de nossa história. Se houve quem diminuísse o Coritiba nos últimos anos foram eles mesmos. Nós, atleticanos, não temos esse poder. Só podemos ganhar jogos, e é o que fazemos. Assim como eles não podem jamais diminuir o que é o Atlético.

Parte dessa pequenez auto-adquirida se manifestou na atitude desta semana. Coisa de gente que não se respeita, não conhece a própria história. Talvez devessem ter se manifestado antes, em 1985, quando o Coritiba ostentou em alguns jogos o patrocínio vermelho da Britânia. Depois, eu me lembro, teve ainda patrocínio vermelho da Bauducco e da Sanyo. Ganharam alguns jogos do Atlético assim. Vão apagar essa parte da própria história?

Felizmente, jamais vão conseguir apagar a fúria e a força contidas no vermelho sangue do Furacão. E sugiro o preto para o funeral intelectual do maior grupo de idiotas que já representou nosso rival. Já houve gente bem melhor nesse papel.


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