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Sérgio Tavares Filho
Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa famÃlia 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.
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O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
O atleticano está ansioso. Todos querem garantir um lugar na Kyocera Arena em 2008. A diretoria estima em 10 mil rubro-negros associados na temporada. Eu dobro esse número. Com a possibilidade do cadastro via internet, garanto que teremos casa cheia em todos os jogos do Brasileiro e Sul-Americana.
O lançamento do Sócio Furacão, segunda-feira, serviu como termômetro na grandiosa nação. O que se viu foi um povo empolgado e agradecido pelos valores de R$ 50 e R$ 25. As promessas de associação do pai, mãe, irmã, namorada, noiva, tio e tia foram reais. Essas pessoas ou acessaram o endereço para o cadastro via internet ou procuraram o espaço montado na Baixada. Mas o sistema não colaborou - se o grande ator Selton Mello buscasse inspiração para um episódio de "O Sistema", os computadores da empresa que prestou serviço para o clube ajudariam no roteiro.
Eu sei que você pode achar tudo uma falta de respeito, um amadorismo profissional (essa é boa, nunca havia pensado) de quem comanda essa área dentro do Atlético, mas não é bem assim. O pessoal virou de ponta cabeças para deixar tudo pronto no dia seguinte ao lançamento. Mas como em programação de informática a falta de um colchete faz com que esse texto saia metade negritado ou metade itálico, as únicas alternativas que sobram são pedir desculpas e paciência.
Esses dias ouvi na Rádio CBN a história de Jun Sakamoto, um sushiman que trabalha em São Paulo. O restaurante do qual é dono atende a cerca de 50 pessoas por noite. Mas com ele é diferente. Sakamoto prepara pratos especiais somente para oito pessoas - e no balcão. Cada uma delas paga cerca de R$ 250 pela degustação e chega a esperar meses por uma reserva. E aposto com você, estimado leitor, que ninguém envia e-mails, telefona xingando ou faz piquete em frente ao restaurante para ser atendido. Todos têm paciência.
E paciência, inspirado por Lenine, é a única alternativa que nos resta. O mundo vai acabar, sim. Mas não até a próxima semana, quando seremos um dos clubes com mais associados do Brasil. Pegue leve. O futuro é vermelho e preto.
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