Fernanda Romagnoli

Fernanda Romagnoli, 51 anos, é atleticana de coração, casada com um atleticano e mãe de dois atleticanos. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

A defesa é o melhor ataque

16/01/2008


Não sou eu quem está mudando o ditado popular, é o nosso time. Dos seis gols marcados pelo CAP até o momento no Campeonato Paranaense, cinco foram marcados por membros da nossa defesa. A pergunta que não quer calar é: Até quando isso vai durar?

No jeitão que está, acho que foi até esse jogo contra o Beltrão. Honestamente, pelo que jogou, o Atlético poderia ter tido outra história. Poderíamos consagrar a liderança defendida pelo adversário e chegar ao recém re-adquirido clássico com a bola mais que murcha. Por um infortúnio deles, houve uma bola parada a nosso favor. Na melhor das hipóteses podemos dizer que a nossa defesa não marcou mais nada porque tiveram muito trabalho e não deu tempo. Sorte? Talvez.

Pra ajudar, o juizinho da partida estava mais perdido que cachorro em dia de mudança. O homem trocava as faltas, não tinha critério imparcial para apitar certos tipos de infrações, além de um descontrole da situação daqueles que dá até vontade de transgredir. Sabe quando a pessoa é tão boca-mole que dá vontade de você não respeitar sua autoridade só pra ver se ela acorda? Bem assim.

Sério mesmo, não estou preocupada e nem fatalista a ponto de achar que este ano vai ser complicado, como já ouvi alguns dizendo por aí. Acho que para o momento ainda dá pra levar. Estamos em um momento diferente dos outros times deste campeonato porque nossa preparação não foi o suficiente para mostrarmos um time coeso. O que, diga-se de passagem, vai demorar mais uns três jogos pra acontecer. Mesmo com tudo isso, somos líderes.

O único senão, porém mesmo, detalhezinho “bobo” é o Atletiba, nosso próximo compromisso. O fato de o jogo ser lá não me remete a calafrios, a não ser pela condição daquela construção mal feita e rebocada que pode fazer mal às pessoas. Também não sonho com espetáculo. Clássicos não costumam ter disso dentro de campo, geralmente é na torcida que fica a beleza da festa. O que me preocupa é o compromisso do time para este compromisso, entendem?

Sem querer botar pressão, mas já fazendo. Não tem desculpa de ser início de campeonato, de desentrosamento, de trabalho físico, de momento diferente e outras coisas. Clássico é clássico. Tem que ganhar. No mínimo para comemorar aquilo que já sabíamos: segundo a Datafolha, somos os maiores, os verdadeiros gigantes da Capital. Coisa que foi comprovada pelo prêmio Top of Mind. Isso nos já sabíamos. Só dá a gente, ponto final.

Então, queridos jogadores: dêem seus pulos; achem a maneira; pratiquem bastante a concentração para este jogo. E pouco me importa se os atacantes estão sendo generosos com os zagueiros ou se ainda não se acharam em suas funções. Custe o que custe, quero ver ganhar!


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