Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Astral elevado

16/01/2008


O novo plano de associação do Atlético finalmente parece ter agradado a maioria dos atleticanos. Os preços estão mais acessíveis e o implemento das categorias para menores, não residentes na região metropolitana e “meio-ingresso” possibilitará o aumento do número de associados e conseqüentemente garante uma receita mensal ao clube maior do que a dos últimos anos.

Destaco ainda a iniciativa do clube de enfim pensar na associação como de fato ela deve ser, sem prazo de validade, permanente até que uma das partes decida rescindir o contrato, como em qualquer clube social. Desta forma, o associado atleticano não precisará mais renovar sua associação todo ano, fato que além de incômodo pode ocasionar perda de sócios por diversos motivos, sendo bem mais prático e coerente que este continue pagando mês a mês por tempo indeterminado.

A diretoria atleticana acertadamente corrigiu os erros dos últimos anos e percebeu que a aproximação com o torcedor é benéfica a todos, afinal o atleticano é a base do clube e merece ser tratado com privilégios. Esta sintonia entre torcida e diretoria reflete no ambiente do clube e somada à recente participação dos jogadores nas coisas do Atlético, como a presença do time titular no lançamento do Sócio Furacão 2008, pode resultar em um ano de sucesso para o rubro-negro.

Nos últimos anos, o Atlético sempre entrou no Campeonato Brasileiro sem estar com o ambiente interno tranqüilo. Eliminações frustrantes na Copa do Brasil ou Campeonato Paranaense, discussões relativas ao valor do preço do ingresso ou indefinição do comando técnico, como em 2006 quando após a inesperada saída de Lothar Matthäus o planejamento da temporada desandou, atrapalharam o rendimento do time no primeiro turno do campeonato nacional.

A impressão é que em 2008 o astral atleticano está elevado. Os torcedores aceitaram bem o novo plano de sócios e a adesão deve superar as expectativas. O time de 2007 foi mantido, exceto pela (infelizmente) esperada saída de Alex Mineiro, assim como permaneceu o treinador Ney Franco, um sujeito sério, trabalhador e competente. Conquistando o Paranaense e seguindo bem na Copa do Brasil podemos aguardar um início promissor de Campeonato Brasileiro, com ambiente calmo e astral elevado. Claro que isso não é tudo e alguns reforços são imprescindíveis para que possamos competir com São Paulo, Palmeiras, Internacional e Fluminense com seus fortes elencos.


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