Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Uma nova, velha era

15/01/2008


Em nossas vidas, constantemente são necessárias redirecionamento de idéias e adaptações em relação ao mundo lá fora.

Nem sempre podemos iniciar um projeto e terminá-lo da forma que realmente pretendíamos, haja visto que os fatores externos que nos influenciam são inúmeros, principalmente quando se trata de relacionamentos e atividades com pessoas.

Em 1995, foi dada a largada para uma nova era no Atlético. A proposta de saneamento de dívidas, modernidade, crescimento e fortalecimento da marca no cenário nacional, com muito trabalho e perspicácia daqueles que o conduzem, hoje está conquistada.

Nunca pôde-se reclamar do brilhante trabalho de estruturação e administração patrimonial no Furacão, já que os resultados são obras vivas, como a derrubada da antiga Baixada e a construção da moderna Arena, e ainda a construção do grandioso CT do Cajú, referência nacional e mundial em centros de treinamento. Falar em modernidade administrativa, principalmente quando fala-se em Mário Celso Petráglia, seria redundância.

Hoje, graças a ele e outras pessoas que se fazem presentes no dia-dia atleticano, temos grande parte da proposta inicial de consolidação do Atlético perante o cenário nacional alcançada. Mas nos últimos anos muito se falou na lacuna que parecia estar abrindo-se na comunicação entre a instituição Atlético, e sua massa torcedora nas relações do dia-dia. Nitidamente ambos os lados pensavam de maneira diferente, principalmente na questão de como atrair o torcedor para o estádio.

Os planos de sócio ou pacotes anteriores, nunca foram um sucesso absoluto, e a maior prova disso está no plural “nunca foram”, já que a cada ano que se passava entrava em vigor um novo plano, com novos valores e metodologias diferentes. A resposta ao por que desses planos nunca terem alcançado o sucesso, pode ser justamente o fato de que nunca antes a torcida ter sido questionada sobre o que ela queria de verdade.

Interpretar os pensamentos da massa atleticana, talvez nunca tenha sido a grande virtude dos administradores atleticanos. Mas este ano, bato palmas em pé para suas atitudes.

Ouviram o que a torcida queria, mantiveram grande parte do elenco, iniciaram o ano com um treinador competente e o principal, admitiram as suas falhas. Já dizia o poeta, a maior virtude daquele que erra, é ter a humildade de admitir mas não desanimar para tomar um novo rumo.

Desde que assumiu o comando atleticano, Petráglia sempre foi o termômetro da torcida, e hoje, o vejo num alto nível de vontade. O vejo vencedor, com ânimo para tocar um projeto de sucesso, e mais que isso, vejo verdade em suas palavras quando redime-se aos seus erros.

Prestigiar ao Atlético, nas horas boas ou ruins, nunca precisou de motivos. Mas se a torcida precisa de algum argumento para aderir em massa ao novo plano de sócios, pense que esta será a grande resposta ao crédito que recebeu ao ser convidada a participar com idéias. Pense que, como já vimos no segundo semestre do ano passado, a torcida tem papel fundamental no dia-dia atleticano. Pense que em 2009 deveremos concluir uma nova etapa na modernidade, que é a finalização da Arena. Pense que ter no comando uma pessoa com ânimos renovados, sedenta por vitórias, como está Mario Celso, tem tudo para termos um ano de sucesso.

Alcançar a meta dos dez mil sócios, é o mínimo que devemos fazer. Caso contrário, terei que concordar com cada palavra dita anteriormente por nossos diretores.

É a hora de mostrar seu amor pelo Atlético, torcedor rubro-negro, torne-se sócio e contribua para o sucesso da sua paixão, pois um Atlético unido, dificilmente será batido.


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