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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Os números do Atlético
28/12/2007
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Quero escrever minha última coluna do ano com o objetivo de deixar registrado alguns fatos extremamente importantes para o ano que se aproxima. E por serem fatos, contra eles não há argumentos. Nadar contra a correnteza seria correr o risco de jogar mais um ano para o alto.
Basicamente quero tocar apenas na relação entre torcida e time. Mais uma vez, comprovadamente, um não vive sem o outro. O Atlético é simplesmente movido por sua torcida, que por sua vez, precisa continuar tendo o direito de estar próxima, cada vez mais, do seu clube do coração. Falo sim de preços de ingressos acessíveis, benefícios para sócios, entre tantas outras facilidades que o clube pode e deve criar para manter sempre o torcedor perto do Atlético.
Me questionarão, sem dúvida, como já fui questionado dias atrás: “Tudo bem, você acha que é assim, simples assim para se fazer futebol. O clube precisa de dinheiro para manter seus colaboradores e seu padrão técnico. As coisas não funcionam assim, e se torcida ganhasse jogo, o Corinthians não seria rebaixado com 40 mil torcedores no Pacaembu!”
Ora, ora... um clube como o Atlético, que tanto evoluiu e tanto sabemos que está muitos passos a frente de muitos clubes brasileiros, não pode se deixar comparar com o Corinthians, com todo o respeito ao alvi-negro paulista e sua imensa torcida. Pois bem, se o problema é aliar receita à presença do torcedor, os números do Atlético não mentem. Vejamos:
1º Turno
O Atlético somou no primeiro turno 13 pontos em 9 jogos na Baixada. Obteve 3 vitórias, 2 derrotas e 4 empates. O público total que assistiu o Furacão no primeiro turno foi de 72.835 torcedores, com uma média de 8.092 torcedores por jogo.
A renda total do 1º turno foi de R$ 1.512.183,00
2º Turno
O Atlético somou no segundo turno 26 pontos em 10 jogos no Caldeirão. Com 8 vitórias, 2 empates e “nenhuma” derrota, o valor promocional dos ingressos levou à Baixada um público total de 189.756 torcedores, uma diferença de 116.921 atleticanos comparada ao primeiro turno. Com uma média de 18.975 rubro-negros por jogo, o Atlético, ao lado de sua torcida, foi imbatível.
A renda total do 2º turno, mesmo com os valores promocionais, foi de R$ 2.650.547,94
Quando esteve aliado ao seu torcedor, o Atlético não perdeu mais em seu domínio e viu distante o fantasma do rebaixamento. Cresceu e por pouco não beliscou uma vaga na Libertadores de 2008. Assegurou uma vaga na Sulamericana e por mais um ano estaremos novamente disputando quatro competições. Estão aí os números do Atlético. Os números que são fatos, e contra fatos não há argumentos. Os números que não mentem, e seria uma grande bobagem nadar contra a correnteza, mais uma vez.
Feliz ano novo, Atlético!
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