Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

O Chamado

17/12/2007


Isolamento. Essa tem sido uma palavra muito usada por aqueles que como eu, acham que o tratamento dado ao torcedor e ao futebol atleticano tem sido deixado meio que de lado nos últimos tempos. Um clube fechado, quase que refratário aos críticos, à imprensa de um modo geral e a todos aqueles que não estão fechados com o projeto de gestão rubro-negro. Paradigmas a serem quebrados, missões a serem cumpridas, metas, compromissos. Pedimos e fomos atendidos.

O Conselho Deliberativo fez o chamado: querem votar, querem participar, querem ser ouvidos, então se associem, paguem, votem, escolham e nos ajudem. Talvez tenham visto, pela maciça e forte presença nas arquibancadas no 2º turno, que com a torcida do lado, somos fortes, extremamente fortes e essa força não pode ser desprezada. Mas a torcida, ou parte dela que tenha condições, também tem que fazer a sua parte.

Adianta ter uma torcida gigante, vibrante e “participativa” como a corinthiana? Adianta ouvirem-se coros de “O o o , queremos jogador” ou “ O o o , queremos treinador” se o cara não é sócio, ganha ingressos e sequer camisa oficial do clube possui para ajudar, mesmo que pouco, seu time de coração? Não é mais justo se associar, pagar, comprar produtos licenciados ou oficiais do clube e daí sim ter no mínimo o direito de criticar, de freqüentar o clube amado podendo ouvir e ser ouvido em seus pleitos junto à direção?

Queríamos ter voz junto à administração, pagamos adiantado mais uma vez para ver um time, que a própria classificação na tabela mostrou ser de mediano para menos, sofremos com posições intermediárias, time medroso em casa, briguinhas bobas internamente e pedimos no mínimo respeito. O primeiro passo foi dado pelos comandantes atleticanos ao se renderem ao óbvio, que estamos no Brasil e aqui ingresso a R$ 30 ou R$ 40 é uma heresia. Até poderíamos ter ingresso mais caro custando R$ 100, mas desde que se tivesse o de R$ 40, o R$ 20, o de R$ 15 e R$ 10 quem sabe, para quem for sócio em alguma outra modalidade. E desde que, principalmente, o plano de associação fosse mais acessível e que atingisse todas as camadas da enorme nação atleticana.

Eles nos deram as armas, agora os sócios, incluindo os novos como eu, que partam para a luta. Opiniões, sugestões, idéias acho que serão bem vindas. Não acredito que as gestores das coisas rubro-negras estejam apenas fazendo teatro, confio firmemente que querem até que enfim dividir a enorme responsabilidade, o grande desafio que é gerir um clube de futebol da grandeza que tem o Furacão hoje em dia. Eles nos fizeram o Chamado, cabe a todo atleticano de coragem, caráter e com vontade de ajudar, também fazer a sua parte.


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