Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Vontade

05/12/2007


Vontade de acertar qualquer atleticano tem. Por mais que o Michel tenha errado absolutamente todos os cruzamentos feitos contra o campeão brasileiro, ele não os fez de sacanagem, por algum motivo que não seja sua inaptidão com a esférica. Há coisas na vida em que só a vontade não basta, senão que coloquem eu, mais uns loucos do fórum, o Dr. Salgueiro, outros loucos da Fanáticos como Julião, Suke e Lombriga que não tem caneco que a gente não levante....literalmente!

A direção atleticana, a qual juntamente com o time, poupei ao máximo críticas enquanto não acabasse o campeonato, por ter visto que houve a boa vontade em acertar ao trazer jogadores de reconhecida capacidade técnica como Antonio Carlos, Marcelo Ramos e Ramon, mesmo que o último não tenha jogado o que esperávamos e principalmente ao reconhecer que a política elitista é burra num país como o Brasil e que a verdadeira força do Caldeirão reside no povão atleticano, merecia essa trégua.

Mas vamos pensar um pouco sobre o acontecido para vermos o que acontecerá. A volta da nação rubro-negra ao seu ninho foi somente um lindo sonho de uma noite de verão? Foi tão e somente pela premente necessidade de voltar a vencer em casa, voltar a ser temido dentro do Joaquim Américo e fazer os pontos necessários para fugirmos da degola que se avizinhava? Ou foi uma mudança de política do clube, que viu que todos saem ganhando com mais gente no estádio, inclusive donos das lojas de alimentação na Arena, que em 100% dos por mim entrevistados estavam esbanjando contentamento com a medida?

O Atlético teve média de quase 12 mil pagantes esta temporada(11.922), com renda média de quase R$ 220 mil. Em 2006 essa média foi de 10.505 pagantes por jogo com renda de R$ 179 mil em média. Já em 2005, ainda inebriados por termos retomado a hegemonia estadual e pelo vice da Libertadores, levamos em média 11.620 por jogo, com renda média de R$ 184 mil por partida. Ou seja, financeiramente o ingresso mais acessível funcionou também!

Em termos de público, a média após os ingressos estarem a preços dentro da realidade brasileira e principalmente, do espetáculo ofertado pelo time atleticano foi de 20.197 espectadores por jogo e em nenhuma partida o total foi menor que a média geral de 11.922. Falar da diferença técnica em se jogar em casa com o público incentivando, cantando e ajudando o time a conseguir vitórias, algumas delas nos instantes finais das partidas, é chover no molhado!

O resumo da ópera é o seguinte: trouxemos sim um treinador de verdade, algo que não tivemos durante o restante do ano e todo o ano passado, trouxemos sim reforços de qualidade como os citados acima, mas o grande reforço estava aqui, dentro de casa, louco para voltar a ser chamado a ajudar, seu próprio torcedor. Havendo boa vontade da direção, esse será um reforço eterno, não importando a partida que você disputará, sempre junto, o tempo todo incentivando o Furacão. Basta vontade!

Sobre o elenco, comento na próxima.

ARREMATE, o retorno

”Não é possível concordar em tudo/
Somos amigos e isso é um bom motivo/
Prá gente ficar junto, pra gente ficar/
gente ficar junto”
Dizer Não É Dizer Sim - Kid Abelha


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