Sergio Surugi

Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

Fim de festa. Que festa?

02/12/2007


Fora a vaguinha para a Sul Americana, o jogo de hoje não vale nada. Até porque se for para repetir o papelão deste ano, melhor ficar de fora do torneio continental e em 2008 se concentrar só no Brasileirão.

A rivalidade com o São Paulo até seria um bom motivo para roer as unhas durante a partida, mas com o time deles já campeão e sem alguns titulares, temos muito mais a perder do que a ganhar neste jogo.

Com a falta de maiores emoções no final do ano, as atenções voltam-se para as eleições do Clube. Pelo que eu tenho lido, ainda existem dúvidas se Mario Celso Petraglia vai mandar de fato e de direito, ou só de fato. De qualquer maneira, independentemente do escolhido para o comando, esperamos por melhores dias.

Não me sinto muito confortável em criticar quem dirige algo. Só quem já foi responsável por conduzir alguma coisa pode avaliar como é difícil esta tarefa. Quando o torcedor observa o clube, dificilmente ele se dá conta da dificuldade que deve ser o dia a dia da administração do Atlético. Pepinos para pagar, previsão de receitas e despesas, administração do patrimônio e por aí vai. Isso tudo não aparece para a maioria da galera, que com alguma razão, só pensa no resultado final. Afinal somos antes de qualquer outra coisa, um time de futebol e portanto só nos interessa a vitória nas competições das quais participamos. Humilhar adversários é a nossa catarse.

O Atlético evoluiu muito como clube sério nas mãos de Petraglia. Ninguém duvida que vai se consolidar administrativamente sob a condução dele, mas ninguém pode negar que já está na hora de algum resultado expressivo no futebol.

Conciliar a formação de um bom time com a saúde financeira do Clube tem sido o grande desafio dos nossos dirigentes. Ninguém com o mínimo de responsabilidade deseja que o Atlético se arrebente para montar um time de ocasião, mas esperamos competência e decisões rápidas no que se relaciona com o futebol para assim não repetir o péssimo 2007. O sábio equilíbrio precisa ser atingido.

Vou ao jogo de hoje para curtir o meu Rubro-Negro, sem maiores compromissos, pois para mim o ano esportivo já terminou.


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