Rafael Lemos

Rafael Fonseca Lemos, 49 anos, é atleticano. Quando bebê, a primeira palavra que pronunciou foi Atlético, para desapontamento de sua mãe, que, talvez por isso, tenha virado coxa-branca. Advogado e amante da Língua Portuguesa, fez do Atlético sua lei e do atleticanismo sua cartilha. Foi colunista da Furacao.com de 2007 a 2009.

 

 

Alex Mineiro, diga ao povo que fica!

19/11/2007


Juarez Villela Filho – em magistral coluna publicada hoje neste site – abordou com precisão cirúrgica a delicada questão que envolve a permanência do ídolo Alex Mineiro na Baixada para o ano da graça de 2008.

Questão delicada, pois é óbvio que o Alex Mineiro já está sendo assediado por diversas agremiações deste país e de outros tantos, uma vez que todos que manjam do riscado querem tê-lo em suas fileiras. E querem ter o Alex Mineiro porque ele é matador e – mais do que isso – ele é matador e imortal (prova da imortalidade do referido cracaço está no fato de quase terem-no aniquilado no Olímpico - a socos, pontapés e beijos - e ele ter sobrevivido, impávido e colossal. O cara é um herói!).

E é aqui que reside a questão: Alex Mineiro é um herói e nem vou me alongar em explicações desnecessárias. Quem viveu 2001 sabe do que é que eu estou falando e quem assistiu àqueles oito gols decisivos e miraculosos ainda custa a acreditar que um homem tenha feito todo aquele estrago (de fato, homem nenhum faria aquela sucessão de gols decisivos, mas um herói faria, Alex Mineiro faria e tanto faria que fez!).

Ou seja: Alex Mineiro está para o Atlético da mesma forma que o Batman está para Gotham City; Alex Mineiro está para o Atlético da mesma forma que Giovani Gionédis está para o seu sósia, o Beiçola de A Grande Família; Alex está para o Atlético da mesma forma que Joelma está para Chimbinha, ambos da Banda Calypso. Enfim, Alex Mineiro e Atlético Paranaense são grandezas tão intimamente ligadas que não se pode imaginá-los separados.

Por isso, Amigo Alex Mineiro, ratificamos aqui todos os nossos apelos que fizeram você ficar conosco neste ano de 2007. Por isso, Amigo Alex Mineiro, reafirmamos nossa vontade de tê-lo conosco, envergando o sagrado Manto Rubro-Negro, na próxima temporada de futebol e, se possível, em todas as outras temporadas que virão.

Você e o Atlético Paranaense são grandezas tão intimamente ligadas que não se pode imaginá-los separados, da mesma forma que não se pode separar a Bestíssima Trindade: Onaireves – Gegê Beiçola – Fessor Miranda, conhecidos também pela alcunha de Trio Parada Imunda. Destarte, fica a Massa Vermelha e Preta na torcida – e na certeza – de que Alex Mineiro e a Diretoria Atleticana vão renovar no papel o vínculo que já está eternizado em nossos corações!

Aproveitando o ensejo, escalo aqui o meu Atlético dos Sonhos, atendo-me apenas aos jogadores que vi atuar e já convido cada um de vocês a fazer o mesmo afinal recordar é viver. Eis o meu Atlético dos Sonhos, com atletas, treinadores e dirigentes que atuaram desde 1982: Roberto Costa; Alberto, Jair Gonçalves, Bianchi e Fabiano; Lino, Kléberson, Gilberto Costa e Assis; Carlinhos Sabiá e Alex Mineiro. Técnico: Geninho. Dirigente: Mário Celso Petraglia. (Friso: escalei o Atlético dos meus sonhos e, nos meus sonhos, não tem muita organização tática tipo 3-5-2; 4-3-3; 1-4-5; etc.).

Por penúltimo, convido todos os amigos a acessar: http://www.blogdofuracao.blogspot.com. É o blog do meu camaradinha Bruno Hatsbach, Atleticano de 15 anos de idade e que, entre fórmulas de Física e teoremas de Matemática, arranja sempre um tempinho para falar das coisas do nosso Atlético Paranaense. Vai firme, Brunão, o Atlético precisa de todos nós!

Por último, peço a atenção de todos para os avanços da Medicina Esportiva e da Fisioterapia pelos lados do time verde. Após a partida contra o Marília - na qual o representante esmeraldino foi massacrado em casa por 3 tentos a 2, não obstante estivesse em vantagem numérica dentro e fora das 4 linhas – foi realizado nos vestiários do Estádio Couto Pereira – futuro Estádio Giovani Gionédis ou Beiçolão Arena – um inédito e avançado trabalho regenerativo com os atletas.

O trabalho regenerativo se deu da seguinte forma: os jogadores do time verde, sentados nas espreguiçadeiras do vestiário, esticaram suas canelas sobre as quais foram depositadas generosas porções de alpiste e farelos em geral.

Em seguida, o médico do clube abriu onze gaiolas de onde surgiram onze pica-paus que, terapeuticamente, começaram a bicar com vigor as canelas causando, com isso, um relaxamento bastante satisfatório nas pernas-de-pau dos atletas coxas, ou coxos, sei lá. E, além do relaxamento, a nova técnica permitiu, também, a oitiva daquele barulhinho gostoso e natural “toc-toc-toc-toc”, além do cheirinho de madeira que tomou conta do ambiente! Pura tecnologia! Pura vanguarda...


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