Rafael Lemos

Rafael Fonseca Lemos, 49 anos, é atleticano. Quando bebê, a primeira palavra que pronunciou foi Atlético, para desapontamento de sua mãe, que, talvez por isso, tenha virado coxa-branca. Advogado e amante da Língua Portuguesa, fez do Atlético sua lei e do atleticanismo sua cartilha. Foi colunista da Furacao.com de 2007 a 2009.

 

 

Quem viver verá

16/11/2007


Há no meu peito um sentimento difícil de traduzir. Já senti isso outras vezes e sempre foi muito bom. É um misto de ansiedade e certeza; uma vontade de que o jogo comece logo; uma força capaz de varrer todo e qualquer adversário; um impulso de vida que se chama Furacão. Acho que é isso: há no meu peito um sentimento enorme que só encontra tradução quando falo sobre o Atlético Paranaense.

Mas é um sentimento de difícil tradução. Escapam-me as palavras e com elas me perco na inútil tentativa de explicar a paixão, o amor e a esperança. Inicio e reinicio os períodos, e nada de encontrar a expressão certeira capaz de dizer a cada um dos amigos leitores que o Atlético 2008 já está a caminho, a passos largos e seguros, em direção às conquistas que virão e sei que elas virão.

O Atlético 2008 – muito maior do que o Atlético de sonhos, do ano mágico de 2001 – já está a caminho e com ele estamos todos nós atleticanos, unidos como tantas vezes estivemos nesses quase 84 anos de História. Basta andar pelas ruas para percebermos que a grande onda Rubro-Negra está formada e se apronta para inundar a cidade num imenso mar vermelho e preto.

Hoje, logo cedo, abri minha caixa de e-mails e de lá saltaram dezenas de mensagens de amigos atleticanos. A gurizada de 15, 16 anos está - em todo canto – criando blogs para falar do Atlético (amigo Bruno Hatsbach, continue firme nessa tua empreitada! Estou contigo); os leitores querem saber sobre os planos de sócios; os mais experientes me contam – malucos de paixão - passagens das décadas de 40 e 50; os mais jovens me mandam textos emocionados acerca dos times mais recentes; e teve até uma poetisa-mirim que me mandou uns versinhos sobre o nosso Furacão (Clarinha, você vai longe...).

A gente que já está nessa brincadeira há 25 anos sabe (e sente) quando a grande corrente está se formando. E é mais uma vez o caso. O povão atleticano - principalmente agora com a permanência do Ney Franco e de toda a base de 2007 para 2008 – pressente que o grande time está em franca formação e que, no ano que se aproxima, nada e ninguém será páreo para o Atlético. Nada e ninguém!

Estou sentindo que 2008 será para nós a reedição de 2001. Por todos os lados a torcida Rubro-Negra se mobiliza. De todas as formas a Diretoria Atleticana se mobiliza e teve gente que andou me confidenciando uma vontade louca de botar o fuso horário em dia e voltar a vestir vermelho e preto. O Atlético 2008 – muito maior do que o Atlético de sonhos, do ano mágico de 2001 – já está a caminho e não terá adversários.

Guardem essas minhas palavras e me cobrem. Em 2008, o Furacão não terá adversários! Quem viver verá! Em 2008, o Furacão vai mostrar o que é futebol de time grande e não esses arremedos que andam jogando por aí (em 2008, o Furacão vai mostrar quem é Ken!). E não se espantem se em 2008 os versos da poetisa Clarinha se tornarem reais.

Ela escreveu:

“Sonhei que um atacante de coração valente
Tabelava na Arena com Jádson de novo
Para poder ganhar o brasileirão pra gente
E dar alegria outra vez para o povo”.

Amém, Clarinha! Quem viver verá!


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.