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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Nós pedimos e o clube atendeu. Nós sempre batemos na tecla de que a essência do Atlético é a união entre o clube e sua torcida, e o clube atendeu. Pena não ter atendido antes, mas atendeu. Nós sempre comentamos sobre a importância do canal de comunicação entre torcida e clube, e o clube novamente atendeu.
Hoje, publicamente, vou admitir: estou muito feliz com o Atlético! Quantas e quantas vezes levei ao leitor, aqui mesmo neste espaço, palavras de desconforto e preocupação. Palavras até de indignação, pois percebia, assim como milhares de atleticanos, que o Atlético rumava pelo atalho errado. Mesmo assim, com o sangue rubro-negro solto pelas veias e movido pela paixão ao Furacão, apoiava, incentivava, como quem acreditasse que a fé pudesse ser a única responsável pelo sucesso do Atlético.
Todos temos um pouco disso, acreditamos, cada qual em seu Deus, mas não costumo misturar as coisas, colocar Deus como único e principal responsável pela alegria de um torcedor de futebol, até porque o nosso Deus precisa atender a tantos e tantos apaixonados de cores diferentes, credos diferentes e times diferentes. Deus precisa estar em tudo, e seria um baita pecado colocarmos apenas nas mãos Dele o sucesso do nosso time.
Mas o nosso lado espiritual, aliado à razão e aos nossos sentimentos do mundo da bola, podem sim ser o conjunto ideal em busca do sucesso. Sucesso que estamos começando a almejar, cultivando uma forte esperança de que em 2008 estaremos mais fortes do que nunca. Só precisamos do conjunto, da obra completa, da união. O Atlético só é forte quando a engrenagem é completa. Se faltar uma roldana, não funciona. E o ano de 2007 que o diga.
Coisas boas para o próximo ano deveriam ter inÃcio ainda neste ano. Aà vem o foco principal deste texto. O agradecimento, entusiasmo e expectativa, ao torcedor do Atlético, aos nossos diretores e envolvidos em todo o processo de negociação com o técnico Ney Franco. Estive entre aqueles que acreditavam que a permanência de Ney poderia ser o gatilho do sucesso. Passei a conhecer e gostar do trabalho de Ney Franco. Alertamos a massa de atleticanos, realizamos enquetes, escrevemos textos de incentivo, porém a decisão final fugia do toque dos nossos dedos no teclado, fugia das nossas ações e da nossa esperança. E fiz aqui, publicamente, um apelo ao nosso presidente, pedindo a manutenção do treinador. Estivemos apenas na dependência do desejo do próprio técnico, e alguns dias prolongaram a negociação e nos deixaram cheios de ansiedade. Tudo, felizmente, caminhou conforme os nossos desejos.
Portanto, sinto-me na obrigação, e não poderia ser diferente, de agradecer, ao meu estilo, aos dois grandes protagonistas que fizeram uma belÃssima tabela em direção ao gol de sucesso do nosso Furacão:
Obrigado, Mario Celso Petraglia!
Obrigado, Ney Franco!
Juntos, vocês marcaram um golaço!
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