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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Faces e facetas
05/11/2007
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A possível vitória que chegamos a vislumbrar no Pacaembu na tarde de ontem nos colocaria na 8ª posição, apenas 3 pontos distante dos clubes que devem ir à Libertadores em 2008. Mas isso poderia ser uma faca de dois gumes. Por um lado a redenção, o renascimento de um time que chegou a perigosamente flertar por rodadas e mais rodadas com a 2ª divisão. Por outro, premiaria mais um ano de improvisos, onde a casualidade é que pôs o povão atleticano de novo em seu lar e o ajudou a sair da situação vexatória pela qual passava o Atlético.
Mais uma vez o Atlético errou na avaliação e o principal erro dentre os muitos notados, foi permanecer com o treinador picanheiro, que de bom este ano, conseguiu empatar com os coxas e colocar um pouquinho d´água no chope alviverde último sábado. Treinador aliás, que já recomendo aos paranistas, pois Co Vardão tem a cara da segundona e pode ser um trunfo importante ao tricolor para tentar subir ano que vem.
As vitórias encobrem erros e a classificação para o principal torneio continental em 2008 poderia mascarar vários deles. Além da permanência de um treinador de segunda para terceira linha, iríamos continuar na política de dar nosso sagrado manto rubro-negro para atletas que não tem a menor capacidade para defendê-la.
Se não fosse a situação complicada pelo qual passamos em 2007, não traríamos o competente Ney Franco, treinador que conseguiu enxergar a verdadeira posição de Ferreira, que recuperou o futebol de Michel e fez do 3-5-2 a base do time. Um técnico com visão capaz de perceber que Valencia não só é o melhor volante do elenco, como um dos melhores do campeonato e que Netinho, afastado e encostado no elenco, é muito útil quando joga em sua verdadeira posição.
Não se iludam, pois se não fosse a situação complicada onde sequer ganhávamos em casa, o ingresso continuaria a afugentar grande parte da nação atleticana, sabidamente um time popular. A festa que vemos hoje, onde voltamos a transformar a Baixada num Caldeirão, não existiria. Se não fossem as complicações decorrentes do campeonato, não trariam o excelente Antonio Carlos, o experiente e que apesar dos poucos gols tem sido muito útil ao time, Marcelo Ramos e nem contaríamos com o futebol de Ramon, que apesar de não ter correspondido ao esperado, veio credenciado como bom futebolista que foi.
Que tenha servido o aprendizado! Esta é a esperança.
E a vitória sobre o time da corrupção, ajudaria o Paraná Clube. O tricolor das diversas vilas e inúmeras camisas, que nos chamava de “aquele time do final da rua”, que se uniu ao que há de pior no futebol estadual e quis bancar um projeto natimorto do Pinheirão, apenas para tentar tirar a Copa do Mundo da cidade de Curitiba, pois a Copa não é do Atlético, entendam isso senhores autofagistas, o clube que nos tratava não como rival, como adversário, mas como inimigo merece estar onde está.
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