Guilherme Coelho

Guilherme Coelho, 36 anos, é estudante de Relações Internacionais e mora em São Paulo. Guarda como lembrança uma luva usada por um dos goleiros do Atlético na final de 2001, em São Caetano, e um capacete da obra da Arena, objetos que simbolizam as duas maiores conquistas recentes do Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2008.

 

 

A retomada

03/11/2007


Após mais um ano perdido no planejamento atleticano é hora de programarmos 2008. Esse ano não houve desculpa de investimentos no CT ou na Arena. Simplesmente pensou-se que tínhamos um time, e até tínhamos até venderem Dênis Marques e Marcão. Sorte que os erros foram reconhecidos a tempo e com mais uma vitória estaremos completamente livre do fantasma do rebaixamento.

A torcida foi emblemática nessa retomada. Com a redução dos ingressos, aproximamos todas as massas da torcida atleticana que puderam contribuir com vibração à técnica que muitas vezes falta à equipe. Além de nosso 12º jogador, reforços como Claiton, Ramon e Marcelo Ramos contribuíram significativamente. Claiton é hoje um símbolo de garra e raça, o novo capitão atleticano parece entender o que nosso hino diz : “a camisa rubro-negra só se veste por amor”. Ramon e Marcelo Ramos se já não despontam como craques que foram, trazem experiência para um elenco jovem e que se encontrava em uma fase difícil. Não podemos deixar de citar a boa fase dos “gringos”. O trio colombiano mostrou porque veio. Ferreira retomou a grande fase, Valencia ensina o que se chama por antecipação de bola e Viáfara mostra que o estilo “Higuita” também pode ser competente. E o que falar de Antônio Carlos? Acredito que desde a saída do antigo Rogério Corrêa para o Japão não víamos um zagueiro de verdade.

Fora de campo, Ney Franco e Alberto Maculan são dignos de elogios. Ney trouxe o seu “jeitinho” mineiro aliado à muita competência e soube dar um padrão tático ao time. Um padrão muito equilibrado, com devido cuidado com a zaga. Deu a liberdade que muitas vezes faltava à Ferreira,que sempre atuou como um “falso” meia. Já Maculan, retornou ao posto em que foi campeão brasileiro e, não por coincidência, obtém novamente o mesmo sucesso. Com seu jeito vibrante e aglutinador mostra ao elenco não ser apenas um representante da diretoria e sim, um atleticano comandando o futebol.


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