Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

OLÉ!! Deu pra ti? Vou pra POA, tchau...

01/11/2007


Como nos filmes de Quentin Tarantino, ontem o bom time do Grêmio Porto Alegrense se comportou como uma aberração. Como se estivessem vestidos de roupa de couro preta, com algemas nos pulsos, bolinha plástica na boca entreaberta e saltos de bico fino, os ogros travestidos de atletas de futebol profissional foram sodomizados, subjugados, humilhados e maltratados por 11 guerreiros vestidos com as cores rubro-negras.


OLÉ !!


Mas, ao contrário da violência gratuita dos sádicos, o Atlético Paranaense, como de costume, jogou futebol. Como se diz no Rio Grande, “na bola”, só na bola. E ali, diante de mais de 20 mil rubro-negros cegos de paixão pelo time, cuja camisa só se veste por amor, o “imortal” e centenário time gaúcho sucumbiu. Dois tentos contra nenhum foi pouco.


Deu pra ti ?


E o trabalho do excelente Ney Franco foi fundamental na noite de ontem. Após o covarde Tcheco, garoto mimado e poupado pela imprensa local por ter origem no time da colônia, ser merecidamente expulso, tirou um dos zagueiros e pôs em campo Evandro, que trabalhou a bola no segundo gol. E que gol!


OLÉ !!


Cabe ressaltar a movimentação do time, principalmente na 2ª etapa, já que no tempo primeiro, o jogo foi muito mais estudado que jogado. Mudando Netinho, que caiu mais pela direita, e Ferreira que a bem da verdade esteve em todos os quadrantes do gramado na etapa complementar, o Atlético confundiu a marcação gremista, que mais uma vez apelou para a violência. Não agüente tchê, bebe chimarrão!


Vou pra Porto Alegre, tchau....


E mais uma vez um show nas arquibancadas da Kyocera Arena. Meus parabéns a todos os presentes em mais uma noite mágica onde o futebol suplantou a força, onde a determinação e raça sobrepujaram o espírito de porco de alguns, onde a força do grito foi mais forte que o uso de revolveres e armas, num episódio que, assim como a confusão pós jogo, não merece lembrança alguma. De boas histórias, que fiquem as boas histórias!


Aqui não


Que fique a lição aos esquentadinhos: quem procura acha! O Grêmio, autor da violência no jogo de ida, quis imputar ao Atlético, a Curitiba e sua civilizada gente uma ignorância que não nos representa. Aliás, seria muito preconceituoso e tolo de minha parte generalizar, dizendo que o povo gaúcho isso, que a torcida gremista aquilo, quando na verdade são meia dúzia de abestalhados que sujam e denigrem a imagem do centenário e glorioso Grêmio. Nos respeitem, que sempre serão bem vindos e respeitados, como sempre fui, passando anos e anos das festas natalinas na bela (e com belas ) e acolhedora Soledade, região norte do Rio Grande do Sul.

Mas quando forem desafiar alguém, que agüentem o tranco, pois aqui na terra do pinhão, da Araucária, do Guartelá, na terra onde piás e gurias lêem Leminski, na terra do leitE quentE, o negócio é diferentE. Aqui não!


OLÉ!!!


Só mais uma vez para ficar bem marcado...


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