Fernando Tupan

Fernando Tupan, 52 anos, é atleticano remido – por influência de um tio. Viu o Djalma Santos, Alfredo, Sicupira, Nilson Borges, Buião, Altevir, Toinho, Nivaldo, Washington e Assis subirem as escadas do antigo Joaquim Américo. Nas arquibancadas, fez parte do ETA, TIA e Atle A Morte. Jornalista político, não perde um jogo do Atlético (tanto faz ser o A ou o B, de chuva e de furacão). Foi colunista da Furacao.com em 2007.

 

 

A sete passos do paraíso

25/10/2007


O que era apenas um sonho distante há duas semanas, agora está bem perto de se tornar realidade: uma vitória contra o Cruzeiro no sábado, no Mineirão, deixará o Atlético bem perto da zona de classificação para a Copa Libertadores da América de 2008.

A distância do “Rubrão” com os três principais adversários é de sete pontos para o Santos, oito para o time mineiro e de nove para o Palmeiras. A diferença é grande, mas possível de ser atingida. Bastam apenas seis vitórias e claro, nenhuma derrota nas últimas seis partidas do segundo turno.

Temos outros adversários para azararem a vaga: o Grêmio, nosso adversário do dia 31 de outubro, está apenas um ponto da zona mais cobiçada do futebol brasileiro; o Flamengo está distante três pontos; o Fluminense, classificado por ter sido campeão da Copa do Brasil, não conta; Figueirense e Botafogo, assim como o Atlético, estão sete pontos atrás.Todos na esperança. Temos Cruzeiro, Flamengo e Grêmio para enfrentar dos times que estão na briga. Os outros três jogos são contra Sport, Corinthians e São Paulo.

Para fazer os torcedores atleticanos não perderem o rumo, o técnico Ney Franco e o elenco terão de conseguir vitórias fora de casa. A partida contra o Cruzeiro é a chance dos jogadores carimbarem que valem quanto pesa. Mas para valerem o valor merecido terão que mostrar muito mais futebol do que o apresentado contra o América-RN, no domingo passado, quando jogaram 90 minutos de um futebol sonolento e para o gasto.

Nas últimas partidas o time perdeu a velocidade e o toque de bola e precisa se reencontrar para surpreender os adversários. No meio-de-campo, Netinho desapareceu do gramado e Clayton pensa que está em uma festa de Halloween – anda mascarado demais e sem produtividade. No ataque, Marcelo Ramos precisa ser lembrado que o Alex Mineiro volta aos gramados na próxima semana.

Para nossa sorte temos o Ferreira vivendo uma fase inspirada, jogando por todos os atacantes e meias-atacantes – e mostrando que com determinação, raça e confiança se pode chegar ao topo sem vender a alma para o diabo. O exemplo do colombiano deve ser seguido pelo elenco e mostrado para alguns jogadores que andam em compasso de valsa em campo enquanto Ferreira está em ritmo de rock and roll. Assim poderemos nas próximas semanas continuar a contagem: seis, cinco, quatro, três, dois, um, zero. Estamos entre os quatro melhores do Brasil.

Cabum! É possível. São 18 pontos em disputa. Situação difícil, mas não impossível. Basta apenas os jogadores recuperarem a maldita confiança. Jogadores se concentrem e pensem que o Mineirão é a Baixada. Assim na quarta-feira, dia 31, poderemos mostrar para os gaúchos com quantos paus se faz uma canoa.


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