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Patricia Bahr
Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.
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Eu sou da caveira
25/10/2007
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“O Atlético nos une. A união nos fortalece”. O lema da Torcida Organizada Os Fanáticos é quase que um resumo do sentimento que prevalece em todos os atleticanos: é com a união de todos nós que sempre conseguiremos as coisas. E por isso somos Atlético para sempre, até a morte!
Nunca fui integrante de torcida organizada. Mas Os Fanáticos sempre tiveram a minha admiração, orgulho e carinho. Como a maioria das crianças que desde cedo aprendem a magia que há em torno das cores rubro-negras, a força e a paixão da torcida foi fator essencial e fundamental para definir o meu atleticanismo.
De família atleticana, aprendi a cantar o hino do Atlético e as principais músicas da torcida antes mesmo do bê-á-bá. Quando nasci, já estava predestinado e escrito em meu caminho: nascia ali uma atleticana. A cerimônia do batismo aconteceu anos depois, numa noite de frio e chuva num Pinheirão vazio, para presenciar um Atlético e Toledo pelo Campeonato Paranaense.
Lembro-me de todos os instantes desse jogo que para o Atlético foi apenas “mais um”, mas para mim foi O JOGO. Lembro-me perfeitamente do cheiro de pipoca fria e churrasquinho no Pinheirão. Lembro-me de ter que fazer uma almofada com folhas de jornais para sentar nas arquibancadas molhadas do gélido estádio. Mas lembro em especial do intervalo do jogo, quando meu pai olhou para mim e disse: “agora nós vamos ali, agora você vai sentir o que é a alma do Atlético”. No mesmo instante meus olhos brilharam, num misto de alegria, surpresa e satisfação. Sim, eu ia ali para o meio da “caveira”, com aquelas camisas, bandeiras e faixas rubro-negras, para sentir o que era ser atleticana de fato. Sem dúvidas, foi uma das melhores experiências de toda a minha vida!
Foi ali, num mal-assombrado Pinheirão, que eu tive uma certeza: o Atlético era o maior amor que poderia carregar por toda a minha vida. Ali, no meio do povão atleticano, aprendi algo que até hoje eu sei, mas se você me pedir para explicar me faltam palavras. Talvez essa seja a melhor definição da palavra amor!
Nesta semana de festa para a Torcida Organizada Os Fanáticos, vale a pena agradecer e reconhecer tudo de bom que a organizada já fez pelo Atlético. São 30 anos de dedicação ao nosso Atlético. 30 anos de cumplicidade, acerto, erros.... mas, principalmente, 30 anos estando ao lado e junto com o nosso Atlético.
Obrigada, Torcida Organizada Os Fanáticos. Obrigada por encantarem e comandarem a linda festa que só os atleticanos sabem fazer, na mais real e fantástica prova de amor e união em torno do nosso Atlético. Tenham certeza: assim como eu, a magia, a força, a raça que há em torno da Torcida Os Fanáticos encantaram e conquistaram milhares de outros atleticanos por todo o mundo. Pessoas que desde muito cedo só puderam sentir a alma do Atlético ali, no meio da Fanáticos. Por isso, integrante ou não da organizada, todo atleticano que por natureza já é um fanático é também um pouquinho da caveira.
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