Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 44 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Sócio Furacão 2008

09/10/2007


A felicidade voltou a reinar na Baixada. Hoje, o atleticano pode estufar o peito e gritar: "nem o diabo ganha aqui no Caldeirão!". Já são cinco vitórias seguidas, de um total de seis jogos realizados desde que a diretoria anunciou a promoção dos ingressos. O torcedor recuperou sua auto-estima, sente isso com os resultados do time e comprova com as declarações dos jogadores.

É tão bom ir ao estádio e encontrar as arquibancadas cheias, a torcida incentivando, que já fico imaginando como será no ano que vem. Pensando em formas para tornar este hábito definitivo, e ter o estádio cheio ao longo do ano inteiro. Os dirigentes do Atlético podem montar, para 2008, um plano de associação para bater recordes e conquistar muitos adeptos. Basta seguir alguns preceitos.

Primeiramente, o preço deve ser revisto. Já ficou mais do que claro: com o ingresso caro, a torcida não vai. Dissemos isso por muito tempo, e a prática comprovou. Depois do anúncio da promoção, o estádio encheu em todos os jogos, a torcida apoiou e o Atlético venceu. A lógica é inabalável. (Inclusive, quanto ao comentário do colega Rafael Lemos, em sua coluna "Walter Ego - o Colunista Uterino", quando comparou o preço do ingresso com o do Cirque de Soleil, sinto-me obrigado a registrar minha opinião: são eventos completamente diferentes, para públicos distintos, e com a grande diferença de que no jogo do Atlético, se vai toda semana, e no Cirque de Soleil, no máximo uma vez por ano.)

Não há mais como defender o ingresso caro, que só trouxe desvantagens para o clube. O próprio Mario Celso Petraglia, no programa Esporte Show, já anunciou que vai manter o ingresso a preços justos para o ano que vem. Neste sentido, fico na expectativa de que o plano de associação seja na faixa de R$ 40 e R$ 60, respectivamente para os setores dos fundos e das retas (Getúlio Vargas), com opção de se manter os R$ 80,00 para a reta superior.

Também há de ser mantida a liberação dos adereços da torcida - e não vejo motivo para que não seja flexibilizada ainda mais. A Polícia Militar já liberou os bandeirões para as outras torcidas, não é certo que a maior e mais vibrante de todas fique de fora. Quanto mais colorida a festa, mais o torcedor fica motivado a ir ao estádio, e mais o jogador fica empolgado, vide entrevista do capitão Claiton divulgada hoje pela Furacao.com, em que cita até mesmo as grandes caveiras usadas pela Torcida Os Fanáticos.

Por fim, deve ser feito um esforço para manter os jogadores importantes do time. Valencia e Ferreira, hoje, são jogadores idolatrados fervorosamente pela torcida, assim como sempre foi Alex Mineiro. É de extrema importância manter ao menos dois destes três para 2008, além do gigante Claiton. Fico imaginando uma campanha publicitária para associações em que Ferreira chama o torcedor para acompanhar o Atlético. Quem resistiria?

O horizonte é bonito para 2008. Depois de tanto desencanto e sofrimento neste ano de 2007, imaginar o Furacão, no ano que vem, campeão paranaense com Claiton erguendo a taça, ou o clube chegando às finais da Sulamericana com Ferreira e Valencia arrebentando, ou Alex Mineiro disputando a artilharia do Brasileirão, faz palpitar forte o velho coração rubro-negro.


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