Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Otimista, motivado e sem medo

13/09/2007


Não é novidade que a situação, do nosso furacão não é das melhores. No dia 06 de agosto, expus o meu sentimento, momentâneo, para com o Atlético na coluna "Frustrado, desmotivado e com medo", porém, a perspectiva, agora, no meu ponto de vista é bem positiva.

Mudanças ocorreram, em todos os departamentos. A direção se mostra mais humilde (gostaria que ela mudasse, mas temos outras prioridades), a comissão técnica é outra e conseqüentemente a motivação dos jogadores também e reforços vieram.

Estamos a treze rodadas do fim do campeonato. Desses treze jogos, faremos oito na Arena da Baixada e cinco fora dos nossos domínios.

Dos oito jogos em casa, dois deles são contra adversários que estão próximos da zona de rebaixamento ou estão na zona (não confundir com as populares casas de tolerância), a saber: Paraná (15º) e América-RN (20º), jogos que a torcida não aceita outro resultado que não a vitória.

Os outros seis jogos que o Atlético fará em casa, dois são contra equipes que, no momento, encontram-se na faixa de classificação para a Copa Libertadores da América. Na próxima rodada teremos o duelo com o Palmeiras (4º), que virá desfalcado de um dos seus principais jogadores: Edmundo. Jogo complicado, pois a equipe alviverde está embalada, porém precisamos da vitória para chegar, com o moral alto, para o clássico, que será a revanche da final do Campeonato Paranaense. Na última rodada encaramos, o atual líder São Paulo, jogo que poderá ter um contorno de maior tranqüilidade para nós, pois o time paulista pode já estar trajando a faixa do título nacional.

Três partidas que faremos em casa são contra adversários, que estão em boas colocações. Botafogo (6º), Vasco (5º) e Grêmio (7º), jogos difíceis, mas são times que não demonstram tanta superioridade técnica, em uma rápida comparação com o nosso time. Dentro do lema, do atual momento, de que jogo em casa deve ser encarado como final de Copa do Mundo, não podemos abrir mão desses nove pontos.

Faremos também um jogo contra uma equipe, que se encontra em uma posição intermediária, o Sport (11º). Perdemos em Recife, por pura incompetência e não podemos admitir outra derrota, agora em casa.

Dos jogos que o rubro-negro fará fora de casa, três deles são contra adversários que estão próximos da zona de rebaixamento, ou estão na zona (não confundir com as populares casas de tolerância), a saber: Náutico (18º), Juventude (19º) e Flamengo (16º). Obrigação da obtenção de pelo menos seis pontos nesses três confrontos.

Nos outros dois jogos o furacão enfrenta Cruzeiro (2º) e Corinthians (12º). Nesses dois jogos uma vitória seria importantíssima, para almejarmos uma vaga na Copa Sul- Americana. Pela crise que enfrenta o time paulista não acho impossível uma vitória nossa em São Paulo, já o jogo em Minas é mais complicado e um empate seria um belo resultado.

Não sou vidente, nem nunca ganhei na loteria esportiva, mas na minha análise, bem otimista, o Atlético tem grandes possibilidades de somar, nas partidas que restam, 30 pontos (dez vitórias), o que nos deixaria com um total de 59 pontos, livres de qualquer preocupação com a queda para a segunda divisão e com boas chances de abocanhar uma vaga na Sul-Americana.

Para se ter uma idéia, no Brasileirão do ano passado, o Atlético terminou em 13º, com 48 pontos e o Paraná que foi a última equipe classificada para a Copa Libertadores terminou com 60 pontos.

Resumindo, tudo é possível, temos que manter a calma e continuar apoiando. Se nosso ataque não colabora, a torcida fará o gol, como já fez em um jogo contra o Londrina, na antiga Baixada. Precisamos vencer, vencer e vencer.


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