Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Vasco, tô nem aí!

11/09/2007


Às vésperas de uma nova partida pela Copa Sulamericana 2007, cujo placar já começa de -2 (menos dois!), lá em São Januário, confesso que as minhas esperanças são mínimas e as poucas que restam fazem parte do lado direito do meu cérebro, aquele responsável pelas nossas análises subjetivas, emoções e sentimentos.

Estou tentando adotar a velha campanha do “Tô nem aí” para esse Campeonato que até poderia nos trazer algumas alegrias como no ano passado, ou apenas uma falsa aparência da realidade. Longe de mim aprovar ou comemorar qualquer lapso do nosso Furacão, principalmente em nossos domínios, mas não tenho como não encarar com “outros” olhos a derrota sofrida na fatídica noite de 15/08/2007.

E se, mesmo não convencendo, tivéssemos derrotado o time misto do Vasco? Haveria promoção de ingressos? Teríamos um novo técnico? A paz seria selada entre Diretoria e torcida? Infelizmente sabemos que não seria assim! A realidade seria outra, uma vitória naquela noite serviria como remendo para as campanhas deste ano e adiaria ainda mais uma reação no Brasileiro, o qual deixaria de ser priorizado pelo Clube. Antônio Lopes permaneceria no comando com sua dupla de confiança no ataque que, segundo ele, apesar de não marcarem gols, cumpriam a função tática estabelecida (oóóóó!).

Os ingressos permaneceriam majorados, afinal, trata-se de um campeonato Internacional, e com o C.A. PARANAENSE em campo. Diretor de futebol? Carta do Petraglia? Retorno do Bolinha? Nada...

Ainda que tardia, a hora da mudança veio e mostrou que neste momento não podemos nos dar ao luxo de priorizar um campeonato que não seja o Brasileiro; nos provou que o Furacão é um time que vive em função de sua apaixonada torcida e, que é possível driblar restrições técnicas com muita raça.

Chega de receitas malucas que não nos levam a lugar algum, pré-temporadas, planejamento do planejamento: nos dêem um time, a possibilidade de estar na Arena, que faremos a nossa parte.

Diante destas reflexões, só tenho a dizer que há males que vem para o bem, se foi preciso sacrificar o sonho de um título internacional (que um dia virá!) em prol da nossa manutenção na elite do melhor futebol do mundo, assim como foi preciso ser humilhado pelos verdes para dar um novo rumo à nossa história... Vasco, tô nem aí!

Se ganharmos e nos classificarmos amanhã, ótimo! Mas caso não seja possível, temos que deixar de lado a tristeza e assumir a nossa obrigação de lotar a Arena nos 04 próximos compromissos do Furacão, para que possamos exorcizar de uma vez por todas o fantasma do rebaixamento.


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