Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Já virou, sacanagem...

27/08/2007


Deixa de bobeira, deixa de bobagem, já virou, sacanagem...

A música que em outros tempos era entoada pelos Fanáticos quando o Furacão vencia seus adversários com facilidade, hoje pode ser cantada para nossos atacantes.

Pois, sacanagem é ter que ver em campo jogadores como Marcelo e Dinei. Estes, que deveriam ser nossa referência no ataque, são os mesmos que passam boa parte do jogo escondidos atrás da marcação, fugindo da responsabilidade e atrapalhando algumas, que já são poucas, jogadas de ataque. Estes, que deveriam balançar as redes dos times adversários, são os mesmos que não sabem finalizar. Com eles, nosso ataque está perdido.

Pedro Oldoni, mesmo não sendo um primor em técnica e habilidade, só pelo que já fez em todas as partidas que já vestiu a camisa do Furacão, merece no mínimo tantas chances quantos os dois. Além de contar com boa sorte para marcar alguns gols esquisitos, pelo menos pra mim, parece que ao menos finalizar o garoto sabe, o que já é uma grande diferença. E outra, sua postura em campo nunca foi de omissão.

Outro que merece, ou pelo menos deveria merecer, mais oportunidade é Rogerinho. Apesar de seu corpo franzino, é um jogador com bastante qualidade e velocidade. Mas curiosamente, sequer é relacionado para muitas partidas.

A diretoria já anunciou que está atrás de reforços. Mas o tempo é curto e precisamos nos virar com o que temos. Então por que não fazer uma mudança drástica e necessária no ataque? Não podemos nos dar ao luxo de aguardar que as contratações cheguem. Pois nesse meio tempo, terá o tempo de adaptação, registro, preparação científica russa e incontáveis coisas que acontecem no fechado CT do Caju.

Não posso culpar Ney Franco, que chegou agora e tem um baita problema em suas mãos. Mas sei que ele precisa fazer nosso ataque render de alguma maneira. E no momento, o principal rendimento que podemos ter, são gols, gols que podem nos tirar da incomoda posição da zona de rebaixamento e que possam nos levar, novamente, ao caminho das vitórias.

Já virou sacanagem 2...

Já virou sacanagem algumas atuações da arbitragem brasileira. No último sábado, o carioca Luis Antonio Silva Santos, de má fé, cometeu inúmeros erros, prejudicando o Atlético e tirando da soma atleticana pelo menos um ponto, que ao final do campeonato pode fazer bastante diferença. Talvez sob o efeito das “servejas” que costuma tomar, sua visão tenha ficado embaralhada.

Minando os jogadores atleticanos desde o início da partida, aplicando cartões amarelos e invertendo lances, o mal intencionado boêmio, errou ao dar pênalti num lance que claramente era fora da área. E ainda, como se não bastasse, já nos acréscimos, deixou de dar vantagem quando Pedro Oldoni ficaria frente a frente ao goleiro colorado.

A comissão de arbitragem já se pronunciou que pedirá explicações ao árbitro. Mas num campeonato onde treinador que manda agredir não é punido e atleta pego no exame anti-doping tem sua sentença julgada e absolvida por conselheiros do seu próprio clube, esperar o que?

Seqüência suja

Nas próximas rodadas temos uma seqüência de jogos muito complicados. Serão 4 jogos, sendo apenas um na Arena.

Destes 12 pontos, necessitamos buscar pelo menos seis. Os três pontos dentro da Arena, obrigatórios, e pelo menos uma vitória fora de casa, o que nos ajudariam muito.

Agora, cada jogo é uma batalha. E se vencermos nove batalhas, estaremos fora da zona da degola. Por isso, o que importa é somar pontos. Jogando feio ou bonito, com muitos ou poucos gols. Temos que fazer nossa parte. Cobrar, mas acreditar do início ao fim.

Na Arena, com ingressos reduzidos, podemos e DEVEMOS, fazer diferença. Mas fora de casa, teremos de contar com a força dos nossos jogadores para sair dessa. O momento é crítico, e precisamos nos unir.


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