Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Uma semana com muitos dias de atraso

24/08/2007


Uma semana e tanto, é assim que resumo os últimos dias do Atlético. Redução no valor do ingresso, o que a torcida há muito tempo pedia, voltou a acontecer. Copa Sul-Americana, Furacão quase eliminado e a torcida é novamente convidada a freqüentar a querida Baixada. Fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, nosso rubro-negro com um time que dá pena, e a torcida é mais uma vez convidada a tirar o time da atual situação.

Demissão do carismático Antonio Lopes, que não podemos negar que ele conhece muito da bola, porém, também não podemos negar que ele não conseguiu fazer o que bem fez nas passagens anteriores, estruturar a equipe defensivamente e na seqüência ajustar a parte ofensiva, até porque com o que temos no momento é algo muito difícil.

Vêm para o seu lugar o mineiro Ney Franco. Boas passagens pelo Ipatinga e Flamengo fazem a torcida ter esperanças, mas com o atual elenco, principalmente na parte ofensiva, não há muito que fazer. Um time campeão brasileiro, com o melhor centro de treinamento de Brasil, com um estádio em vias de ser sede da copa do mundo, depender ofensivamente de Dinei e Marcelo Macedo é no mínimo falta de planejamento.

Na esteira da demissão do pai, foi o filho, que de alegria para a nossa torcida deu somente quando foi mordido por um cachorro em pleno campo. Um conselho Lopes Junior abandone o futebol e parta para outra área, pois a única coisa que você vai conseguir, se continuar no meio, é manchar o nome do seu pai.

Por fim, outro demitido: Oscar Yamato. Chegou recebendo um polpudo salário e nada fez, inclusive demorou a registrar os novos contratados. Posso até criar antipatia com profissionais que atuam hoje no clube, mas na minha opinião o Atlético não deveria contratar profissionais com passagem pelas outras equipes da capital, salvo é claro, que o contratado seja torcedor assumido do furacão.

Mesmo tarde, as ações, tomadas pela direção, foram acertadas. Porém o mais relevante de tudo isso é que erros foram cometidos, e também assumidos, algo impensável nos últimos anos. O Atlético nunca deve abrir mão do seu maior patrimônio, muitos anos se passaram para, enfim, ser reconhecido como um grande clube, muito disso pelo esforço de devoção de toda a torcida rubro-negra.

O principal já foi feito, agora a pergunta que não quer calar é, quando iniciar o ano de 2008, com o Atlético na primeira divisão, pois a torcida não deixará o time cair, o clube manterá a política atual ou foi apenas um balão de ensaio?

Coração Valente

Vendo o gol que o Dinei perdeu contra o Figueirense, não dá para deixar de lembrar do grande Washignton e o quanto ele fez pelo Atlético. Tive a oportunidade de ouvir um CD, com todos os gols feitos pelo coração valente no campeonato Brasileiro de 2004 e como dá saudades.

Com apresentação do repórter Remi Tissot e narração de Sidnei Campos, trata-se de um documento histórico, para deixar no som e ouvir diariamente.

Quem tiver interesse em comprar, pode obter informações no site: www.radiobrazil.com.br.


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