Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Ares latino-americanos

15/08/2007


O início da Copa Sul-Americana renova a esperança do torcedor atleticano de respirar novos ares, deixar de lado (mesmo que por alguns dias) o péssimo momento no Campeonato Brasileiro e sonhar com uma campanha expressiva no torneio continental. Claro que em uma disputa eliminatória não há tempo para recuperação, portanto a Sul-Americana só permanecerá como conforto enquanto o time seguir vencendo e avançando. É uma competição que pode durar meses ou apenas uma hora e meia, já que uma derrota em casa será provavelmente irreversível.

O Atlético, nos últimos anos, mostrou-se forte e competitivo em competições sul-americanas, com exceção da Libertadores de 2002. Independente do elenco ou de sua qualidade técnica nos acostumamos com jogadores honrando a camisa atleticana, superando-se contra clubes estrangeiros e brasileiros tradicionais. As recentes vitórias sobre o River Plate, Nacional (2000 e 2006) e Santos foram épicas e permanecem na retina do torcedor atleticano, mas não podemos viver apenas destes momentos e agora chegou a hora de reafirmar a ascensão do clube na América do Sul. E nada melhor do que conquistar um título, que viria em boa hora, salvando este biênio sem conquistas.

O primeiro passo poderá ser dado hoje, contra o bom time vascaíno, embalado no Campeonato Brasileiro. A campanha cruzmaltina na disputa nacional deve-se muito ao excelente desempenho dentro de São Januário, onde permanece invicto, tendo vencido a maioria dos jogos lá realizados, inclusive sobre o Atlético, numa partida tecnicamente horrível. Isto aumenta a responsabilidade atleticana para o confronto de hoje à noite, já que é fundamental abrir vantagem em casa.

Ano passado também entramos desacreditados contra o Paraná Clube que fazia boa campanha no Brasileiro e era tido como favorito, apesar de sua inexpressiva história em torneios sul-americanos. O Atlético venceu as duas, despachou o colorido time das Vilas e embalou na competição, parando somente no futuro campeão Pachuca. Vencer e conseqüentemente eliminar o Vasco poderá reanimar o rubro-negro que precisa de uma recuperação urgente para não sofrer muito na tensa reta final do Brasileiro.

Força, Atlético!

Guilherme

O goleiro Guilherme foi negociado no começo desta semana para o Lokomotiv Moscou da Rússia. Não sei os valores da negociação, mas boatos afirmam que foi por um excelente dinheiro. Independente de ter ficado contente com a saída do goleiro que nunca me passou confiança (desde que o vi pela primeira vez na base) e vinha especializando-se em trapalhadas e soberba, deve-se elogiar a diretoria atleticana que conseguiu fazer dinheiro sem desfazer-se de um jogador imprescindível ao clube. Desejo somente que continuem investindo em contratações, evitando o desastre do rebaixamento.

Boa sorte, Viáfara!


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