Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 44 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Vai que é sua, Guilherme...

13/08/2007


Três meses atrás, escrevi que se a torcida tivesse paciência com Guilherme, e se este soubesse lidar com o sucesso com maturidade, se consagraria como um grande goleiro, digno de vestir a camisa 1 do Atlético por anos.

Errei feio. Primeiro, que a torcida, como vem se tornando comum, não teve paciência com suas primeiras falhas e muitos passaram a critica-lo com voracidade. Mas, mesmo assim, e a despeito de um jeito talvez "marrento" que Guilherme adotou, ele vinha pintando como um grande goleiro.

Para terminar, errei quanto a ele vestir nossa camisa por muito tempo. Lá vai Guilherme, como todo jogador, neste futebol mercantilista de hoje em dia, partir para o frio leste europeu agarrar cifras maiores. Aliás, a este repeito, foram muito precisas as palavras do amigo Sérgio Tavares Filho na coluna desta semana.

O que me chama a atenção é o Atlético, com o rebaixamento batendo à porta, abrir mão de um jogador titular com tamanha naturalidade. Sei que alguns não o consideram um grande goleiro, mas o fato é que Guilherme vinha atuando há meses como titular, com ritmo de jogo, e principalmente com muito êxito na saída do gol, qulidade que procuramos por tanto tempo.

Agora, entrará Viafra, Vinícius ou Vágner, todos incógnitas. E, pior, sem ritmo de jogo. Será que um time correndo um risco eminente de rebaixamento pode se dar este luxo?

E mais: não sei quanto foram os euros oferecidos pelo jogador. Certamente não foi uma quantia muito alta, por se tratar de um goleiro, e de um comprador russo. Mas o fato é: alguém espera que esta receita seja aplicada na contratação de reforços? A história recente diz que não.


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