Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Eu vou. Venha também!

07/08/2007


Talvez falte um pouco de força, talvez falte motivação, talvez falte fé, esperança e até mesmo vontade de ir ao estádio do nosso Atlético e torcer por uma recuperação que já passa do tempo de chegar. E não chega nunca. E pouca coisa é feita para que, pelo menos a esperança, comece a renascer outra vez.

Pois bem, com a angústia que me assombra, estarei na Baixada na noite de quarta-feira contra o Flamengo. Dessa vez eu não quero perder, nem empatar, nem ficar sem sorrir. Eu quero ganhar, e já chegou a hora de mudar este jogo. Na Arena da Baixada, na noite de 08 de agosto de 2007, nós precisamos vencer. Se não há mais esperança, tente encontrar, amigo atleticano, em algum lugar, pelo menos uma pontinha de desejo em ajudar o Atlético a dar a volta por cima. O Atlético sempre precisou de nós, em todos os momentos, e não é agora a hora de abandoná-lo.

Que se danem os que se entitulam donos do Atlético, que se danem os ratos, as cobras e as bruxas. O que importa é vencer. E vencendo contra o time das mesmas cores, sairemos da Baixada com muito mais de três pontos. Sairemos com a alma um pouco mais leve, sairemos com o sorriso no rosto outra vez, e sairemos sem olhar um degrau sequer da longa escadaria que vem nos acompanhando ultimamente. Já estamos quase sabendo exatamente até o número de degraus de cada lance da Baixada. Que tristeza sair do nosso estádio de cabeça baixa.

Pois então, chegou a hora de ficar mais um pouco na Baixada, e de cantar ao lado da bateria da torcida, e de soltar aquele grito que está preso há tantos e tantos dias. Precisamos sorrir de novo. Precisamos encher a Baixada de orgulho e de esperança. Precisamos apoiar os 90 minutos, e quem sabe fazer parte do início de uma grande virada. De novo, é a nossa hora e a nossa vez. E o Atlético estará lá, esperando por nós. E eu, mesmo ainda machucado, consegui encontrar de novo a tal da esperança. E quando pulsa forte um ideal dentro de nós, lutamos por ele até o fim.

Chegou a hora, Atlético!

“Acredito ser o mais valente.....
Nessa luta do rochedo com o mar....”


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