Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Desgraça pouca é bobagem!

31/07/2007


Edward A. Murphy foi um dos engenheiros que trabalhavam nos experimentos de foguetes realizados pela Força Aérea Americana em meados da década de cinqüenta e, durante o trâmite deste projeto, chegou a algumas preciosas constatações sobre as atribulações do dia-a-dia.

Segundo Murphy, “se há duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará”. Ou seja, não importa quantos cálculos sejam feitos para se lançar uma nave no espaço, alguma coisa ia dar errado. Alguém vai esquecer um número, um parafuso, alguma coisa que leve ao caos completo.

Na verdade, o cara era um baita de um pessimista, que acreditava piamente que se alguma coisa tivesse a mais remota e improvável possibilidade de dar errado, daria.

Pois bem, houve tanta identidade com o que foi dito que, dentro de meses, a Lei de Murphy havia se espalhado por várias culturas ligadas à engenharia aeroespacial e, em pouco tempo, muitas variações da lei foram criadas pela imaginação popular.

E o que isso tem a ver com o nosso Furacão? Tudo! Ando acreditando que o time do Atlético tem sido o alvo-mor desse tal de Murphy. Basta dar uma olhada na nossa realidade rubro-negra.

Hoje, não temos a mínima idéia de qual time vai entrar em campo. A única certeza é de que virá com a pior escalação possível. Tá certo que muitas vezes isso é consertado no 2º tempo, mas por que não entrar com uma equipe competitiva desde o apito inicial? Às vezes acho que é pura vaidade do Delegado, em conquistar os méritos por “mexer” bem no time!

Se sai o Danilo, nem podemos comemorar afinal o seu imediato é... João Leonardo!

Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira possível, no pior momento e de modo que cause o maior dano.

O que dizer das barbaridades ocorridas no último sábado? Se não a materialização da frase acima. Uma jogada que poderia ter sido o 1º gol do Furacão, um pênalti não marcado, um jogador descaradamente agredido, sendo este jogador a nossa estrela maior e que permanecerá afastado por pelo menos 02 meses. E a omissão do árbitro? Que ensejou um novo episódio de violência, sendo a vítima da vez o jovem Evandro, em franca reabilitação futebolística, cujos dentes foram arrancados na base da cotovelada.

Como se não bastasse tudo isso, agora também temos um jogador indiciado por homicídio culposo.

Até me arrepio de imaginar outra máxima “murphyniana”: nada está tão ruim que não possa piorar! Seria a contraprestação pela transferência do Cristian? Ele era a cruz que deveríamos carregar? Castigo pelo nome esdrúxulo que arrumaram pra nós?

Talvez o responsável seja o Marcel que anda ignorando as catracas ímpares; o Igor que antes era considerado o “pé de coelho”, mas trocou sua cadeira numerada pela mesa de um boteco, ou ainda o Guima, que mesmo tendo recebido aumento não se tornou Sócio-Furacão. Minha que não é!

Ou quem sabe tudo isso seja apenas uma punição pela prepotência daquele a quem temos muito que agradecer: Petraglia continua sendo meu ídolo, mas será que ele não tá querendo tomar o lugar do Murphy? Estamos diante da Lei Petraglia? Eu creio que sim, e suas atitudes extremistas vêm maculando tudo de bom que ele já fez por nós.

Precisamos de um antídoto pra quebrar essa seqüência trágica, devemos revogar a Lei de Murphy e qualquer outra que atrapalhe o caminho da vitória. O Delegado que dobre o número de patuás, a torcida que se una, porque no nosso Caldeirão o mau agouro não tem vez... É a Lei do mais forte!


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